Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Mãe

Mãe
O primeiro abraço. Ah, o primeiro olhar. O primeiro choro acalentado. A primeira comida. O primeiro beijo. Mãe. A quem mais atribuir tantas primeiras e marcantes experiências senão a esta que continua a nos acompanhar em todos os nossos, momentos, mesmo quando já estamos grandes. É Ela que nos acalenta o sono, nos consola o choro, nos dá força e voz. E nos ergue nas barreiras da vida.
    
Mãe por si só supera as cartas de amor ditas ridículas. Supera não por serem ridículas, mas por simbolizarem, mais que as cartas, o símbolo exato do amor. Sabem como por em um olhar maternal o que tentamos expressar em palavras. E mais, fazem isso todo dia, a toda hora, sem pedir nada em troca.
    
São exemplos de grandeza e retratos de sensibilidade. Sabem como ninguém nos dizer não e, mesmo que Não concordemos, sabemos que o Não é correto, pois vem de um coração de mãe. E aceitamos. 
    
São um misto de videntes, salva-vidas, terapeutas e benzedeiras. Quem nunca recebeu uma puxada de orelha de uma mãe para levar o casaco em um dia aparentemente de calor?
 
Aqueles dias em que, para nossa surpresa - mas não para surpresa dela, o sol resolveu se esconder e dar lugar a um dia frio?
 
Que filho nunca teve uma mãe que perde o sono, mas fica a noite toda ao pé da cama rezando para que nossa febre fosse embora?
 
Ou aquela mãe que se molha toda para deixar mais espaço para você debaixo do guarda-chuva?
     
Elas são assim. Omnipresentes, omniscientes e onmipotentes.
 
Mantinham-nos junto delas, em um abraço caloroso sempre que caíamos e machucávamos o joelho.
 
Sempre conosco, mesmo que isso nos deixasse envergonhados frente aos amigos na adolescência. Junto de nós quando nosso primeiro - e segundo filho dela - nasceu. E eternamente junto de nossos corações quando a distância física já nos separava.
     
A elas, poderíamos dar o mundo como retribuição, mas creio que levar um casaco em dia de frio já basta.
 
A todas as mães: obrigada por deixar o nosso mundo menos preto-e-branco.
 
 
 
 
 
 
 

Crédito:Mayara Paz

Autor:Mayara Paz

Fonte:Universo da Mulher