Rio de Janeiro, 29 de Março de 2024

Vaidade na adolescência, um desafio para os profissionais da Medicina Estética

A ditadura da beleza está atingindo o público feminino cada vez mais cedo. Um fenômeno que já vem sendo trabalhado pelos profissionais da Medicina Estética, cujos consultórios são cada vez mais procurados por pré-adolescentes e adolescentes que buscam, muitas vezes de forma equivocada, tratamentos para ter o corpo prefeito. Só que a adolescência é uma fase em que o corpo ainda está em formação. Por isso, é importantíssimo que esses jovens tenham um atendimento diferenciado para que entendam que, na maioria das vezes, uma boa alimentação e exercícios físicos são muito mais benéficos do que os tratamentos estéticos aplicados em adultos.
A cirurgia-geral especializada em Medicina Estética e diretora científica da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, Joana d`Arc Diniz, recebe muitos adolescentes em seu consultório na Barra da Tijuca e afirma que a orientação e a consulta personalizada são fundamentais para um tratamento diferenciado.

 


"É muito importante conscientizar os adolescentes sobre as mudanças corporais e fazê-los entender que é uma fase que vai passar. Também converso muito com as mães das pacientes e peço que ajudem para que  essa vaidade não se torne obsessiva. Hoje em dia, as meninas são super informadas e sabem sobre todos os tratamentos e produtos cosméticos disponíveis no mercado e aí procuram os consultórios para fazer. Outro fator que influencia muito é que, muitas vezes, as filhas querem fazer os mesmos tratamentos os quais a mãe está sendo submetida", explica a médica.

 


A dra Joana dá como exemplo alguns casos de jovens que chegam ao consultório querendo fazer lipoaspiração ou queimar gordura. "Na época em que o lipostabil era usado as adolescentes viam as mães usarem e também queriam. Afirmo que não é uma geração para usar medicamentos injetáveis para queimar gordura. O único injetável recomendado para adolescentes, por não ter nenhuma contra-indicação, é para o tratamento de estrias. Independente de ser uma especialista em Medicina Estética, sou uma médica e minha obrigação profissional é orientar", afirma Joana.

 


A orientação e um papo especial são, segundo a médica, o segredo para lidar com os adolescentes no consultório. Para isso, Joana d`Arc montou um ambiente diferenciado em sua clínica. "Para eles se sentirem à vontade enquanto aguardam a consulta, disponibilizo computador, revistas para o público jovem, balas, chocolate e até refrigerante. A conversa durante a consulta tem que ser bem descontraída, até procuro aprender as gírias que eles usam para quebrar o gelo", conta.

 


A médica procura realizar o trabalho com adolescentes sempre em sintonia com médicos de outras especialidades, como o ginecologista. "Algumas jovens chegam em meu consultório indicadas pelo ginecologista. Isso é muito importante porque mostra que especialistas de outras áreas já têm noção de que o mercado de estética oferece tratamentos diferenciados para pacientes dessa faixa etária. Outra coisa muito importante é a sintonia. Se o ginecologista indicou a menina, ele receberá relatórios sobre o tratamento que estou fazendo, o tipo de medicamento que estou usando", conclui a médica.

 
 
Puberdade precoce e vida sedentária são fatores que desencadeiam  problemas estéticos na adolescência
 

O sedentarismo é um dos grandes vilões da adolescência, assim como a alimentação mal feita. Segundo a médica Joana d`Arc Diniz, os adolescentes passam horas em frente ao computador,  não fazem atividades físicas e isso se reflete no corpo. Esses fatores, combinados com a entrada cada vez mais cedo na puberdade, influenciam e muito para que esses jovens apresentem problemas estéticos, como estrias, gordura localizada e acne, por volta dos 12, 13 anos de idade. "Hoje em dia, meninos e meninas estão crescendo muito rápido e um dos reflexos é o aparecimento de estrias cada vez mais cedo. A pele perde a elasticidade por causa do estiramento precoce", afirma a médica.

 

O crescimento precoce das mamas também provoca o aparecimento de estrias nas meninas, que são orientadas a usar o sutiã assim que os seios começam a se formar. As indesejáveis marquinhas também são evidentes em adolescentes vítimas do terrível efeito sanfona, fruto de uma alimentação desregrada. "Os adolescentes comem alimentos muito gordurosos, tanto que os índices de obesidade nessa faixa etária já são alarmantes. Em muitos casos, o jovem que vem ao meu consultório é orientado a procurar um nutricionista", explica.

 


Nos meninos, as estrias podem aparecer por conta de exercícios mal feitos em academias. "A musculação mal orientada provoca estrias nos meninos, principalmente nas regiões do ombro, dorso, lateral do abdômen e na panturrilha", explica. A médica enfatiza que a estria, quanto mais recente,  mais fácil é de ser tratada com produtos em creme ou injetáveis, que não têm nenhuma contra-indicação. No caso do uso do produto injetável, dependendo da quantidade de estrias, são necessárias de cinco a dez sessões, uma vez por semana. O medicamento estimula a produção de colágeno e de fibras elásticas. "Estria tratada não volta, mas se o jovem tem tendência, surgirão novas estrias em outras áreas do corpo. É bom esclarecer que a estria não desaparece totalmente, ela afina, e quando fica branca fazemos pigmentação".

 

SERVIÇO:
Clínica Dra Joana d`Arc Diniz
End. Av. das Américas nº 1155 - Grupo 506 (BARRA SPACE CENTER) Barra - Rio de Janeiro (RJ)
Tels. (21) 2439-9293 / 2484-4773
 
 
 

Crédito:Anna Beth

Autor:Isabel Alvarez & Mônica Labecca

Fonte:Inovatum Comunicação Integrada