Não me lembro direito, mas li numa revista, acho que na Carta Capital, um artigo levantando a hipótese de que todo o cara que tem mania de fazer aspas com os dedinhos, quando faz uma ironia é um chato. Eu posso jurar que toda mulher que anda permanentemente com uma garrafinha de água e fica mamando de segundo em segundo é uma chata. São preconceitos, eu sei. Mas cada vez mais a vida está confirmando estas conclusões.
Marina Mantega, filha do nosso ministro da Fazenda, Guido Mantega, referindo-se à política econômica do Molusco: Papai trabalhou bem.
Você pode pressionar os senadores a aprofundar as investigações sobre a origem do dinheiro do senador Renan Calheiros.
A Polícia Federal conquistou um respeito e credibilidade impensáveis no país do mensalão. Mas, bastou tirar a liberdade de elementos do Poder Judiciário para chover juristas acusando riscos institucionais.
Os historiadores tucanos devem estar muito irritados com o segundo mandato de Lula em que o povo ignorou o mensalão e a oposição ficou sem bandeira.
O governo Lula gosta de apanhar. Foi preciso um oriental para enfrentar os controladores de vôo. Juniti Saito fez Lula se tocar que não é mais sindicalista e cabe, portanto, prender e arrebentar para restabelecer a hierarquia ferida.
Será que o que vem a seguir tem a ver com o quadro de nossa sociedade atual?
Vendo o insucesso das suas metáforas futebolísticas, ante um Bush que nada entende de bola, Lula saiu-se com a busca do ponto G para ilustrar a negociação de um acordo comercial na Rodada de Doha.
O calor do inferno proporcionado pelos inúmeros processos por tortura e seqüestro, roubo e assassinato, que o perseguiam através dos tribunais chilenos, para não falar dos europeus, tornaram sua permanência aqui na Terra irrelevante.
O povo acaba de lhe delegar o direito e o dever de trabalhar com ele e para ele. Apesar do atraso, ainda é tempo de reconstruir o futuro.
Enquanto Lula vai se descartando, um a um, de seus companheiros aloprados do PT, os tucanos agora renegam a privatização.