Rio de Janeiro, 02 de Maio de 2024

Grazie, Materazzi!

Grazie, Materazzi!
Materazzi, o grande herói italiano da Copa.
Não tem pra Cannavaro, Pirlo nem Buffon.
 
Temperamental, sempre de cara amarrada, chegou a cortar relações com o pai por mais de dois anos.
 
Reserva de Nesta - zagueiro infinitamente superior que se contundiu contra a República Tcheca -, entrou no seu lugar e fez o gol que classificou a Itália para a fase mata-mata. Prejudicou o time ao ser expulso contra a Austrália, mas a Azzurra se safou com a ajuda do pênalti inexistente marcado pelo árbitro no último segundo.

       

Embora tenha causado o pênalti que Zidane cobrou magistralmente, logo a seguir igualou o placar com um gol de cabeça. Materazzi foi o carrasco da França.

 

Não importa se xingou a mãe de Zidane ou o tachou de terrorista, o fato é que provocou com esperteza a décima segunda expulsão na carreira de Zizou. Abalando psicologicamente os franceses na cobrança de penalidades que decidiu o título e enchendo de moral os italianos, que converteram os seus com absoluta segurança - Materazzi dentre eles.

       

E nós ainda estamos reclamando do apagão de Ronaldinho Gaúcho e das abobrinhas do Cafu.

O bicampeonato estava ao alcance das mãos de Zidane, mas o gesto primitivo da cabeçada nos peitos de Materazzi lhe renderá arrependimento eterno.

 

O que dizer para os filhos da França?

       

Quem foi que disse que o Brasil não foi vingado?

Virou freguês, mas a França tomou na tarraqueta.

 

 

Crédito:Antonio Carlos Gaio

Autor:Antonio Carlos Gaio

Fonte:Universo da Mulher