Rio de Janeiro, 03 de Maio de 2024

Sexualidade e qualidade de vida na menopausa

Sexualidade e qualidade de vida na menopausa

Mulheres que buscam mais do que o fim dos sintomas da menopausa têm agora novas opções. Seguindo uma tendência mundial, estão sendo lançados no Brasil medicamentos para Terapia de Reposição Hormonal (TRH) de baixas doses, cujos princípios ativos favorecem a melhora da qualidade de vida das pacientes. Além de trazer benefícios clínicos, como a redução das ondas de calor e a prevenção da osteoporose, os novos medicamentos apresentam menos efeitos colaterais e podem aumentar o desejo sexual e melhorar o humor das pacientes.

A sexualidade na maturidade é bastante delicada nessa fase da vida. A menopausa acarreta inúmeras mudanças físicas e psicológicas na mulher, que interferem diretamente no desejo sexual. A queda da produção dos hormônios ovarianos (estrogênio e progesterona) é uma das principais causas dessas mudanças e incômodos que, segundo o Prof. Dr. Gerson Pereira Lopes, Presidente da Comissão Nacional de Sexologia da Febrasgo (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia), podem ser tratados com a TRH de baixa dose.

Ele explica que “devido à ação estrogênica desses medicamentos, a atividade sexual da mulher pode melhorar muito, pois diminui a atrofia vaginal, deixando de causar dor e secura na região genital. O controle dos sintomas que antes podiam afetar o desejo e a disposição da mulher, como ondas de calor e irritabilidade, indiretamente favorece a sexualidade. Medicamentos que promovem ação androgênica (como a tibolona e a noretisterona) atuam no aumento da libido e na diminuição do humor depressivo”. Segundo o Dr. Lopes, que também é coordenador do curso de pós-graduação em Sexologia Clínica do Centro Universitário da Fundação Mineira e Cultura (Belo Horizonte) e da Faculdade Salesiana (Vitória), a ação androgênica (relacionada ao hormônio masculino androgênio) traz benefícios à mulher sem, entretanto, produzir efeitos colaterais virilizantes (aumento de pêlos, por exemplo).

Estudos internacionais revelaram que a baixa dose de hormônios tem eficácia no controle dos sintomas da menopausa semelhante às doses superiores, habitualmente prescritas, mas com menor ocorrência de efeitos colaterais indesejáveis, razões pelas quais as pacientes abandonam o tratamento. O Prof. Dr. Rui Alberto Ferriani, ginecologista, obstetra e professor titular de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto explica que “com a utilização de esquemas de reposição hormonal na pós-menopausa, contendo menores doses de estradiol oral, estrogênios conjugados e tibolona, há melhora dos sintomas vasomotores (ondas de calor e sudorese excessiva), do perfil lipídico (aumento da presença do HDL, o colesterol bom, e diminuição do LDL, o colesterol ruim), menor quantidade de sangramento, oferecendo assim mais segurança para o endométrio (paredes internas do útero) e diminuindo riscos de câncer nessa região. Em relação aos efeitos sobre os ossos, recentes relatos científicos indicaram que esta terapia efetivamente aumenta a densidade mineral óssea, ou seja, previne a osteoporose como na TRH com doses hormonais maiores”. Ele conclui, então, que “o tratamento de reposição com hormônios em baixa dose pode ser a primeira opção para todas as pacientes com indicação para TRH. Se não há resposta positiva com a primeira escolha, aumentamos a dose ou mudamos o princípio ativo.”

Novidades que chegam ao mercado

“Durante o climatério (período que inclui a pré-menopausa, menopausa e pós-menopausa), cada mulher reage de uma forma quando começa a cessar a produção hormonal”, afirma o Dr. Achilles Machado Cruz, ginecologista e obstetra, cirurgião do Hospital Alvorada, em São Paulo. “A conversa com o ginecologista, portanto, é essencial. É ele quem vai apresentar as opções de tratamento existentes e quais são as mais indicadas para as necessidades e as características da paciente naquele momento”, completa.

Novos medicamentos acabam de chegar ao mercado visando a sua adequação às características das pacientes. A Libbs Farmacêutica, quarto maior laboratório farmacêutico nacional, está lançando uma linha completa de medicamentos para terapia de reposição hormonal de baixa dose. São eles: Selecta (Estrogênios Conjugados 0,45 mg com Acetato de Medroxiprogesterona 1,5 mg), Libian 1,25 (Tibolona 1,25 mg), Natifa (Estradiol 1 mg) e Natifa Pro (Estradiol 1 mg associado a 0,5 mg de Acetato de Noretisterona).

O Selecta é a redução da dose do esquema de TRH mais tradicional e mais estudado na ciência, com perfil de segurança dos mais elevados. Por esta razão, é o medicamento mais indicado para mulheres que não desejam ou não precisam buscar novas opções farmacológicas.

O medicamento Libiam 1,25, por sua vez, é ideal para a mulher que possui vida profissional e pessoal ativa. Dentre os seus benefícios estão a melhora do humor e o aumento do desejo sexual. O medicamento tem como princípio ativo a tibolona, que tem o efeito de três hormônios: estrogênio, progesterona e androgênio. Conforme o tecido, ela atua de maneira diferente, como se fosse três substâncias em uma. Essa propriedade é chamada de ação tecidual específica.

Natifa e Natifa Pro são os lançamentos mais recentes da Libbs. O 17β-estradiol , princípio ativo que compõe o medicamento, é química e biologicamente idêntico ao hormônio estradiol produzido pelos ovários, por isso, mulheres que apresentam efeitos colaterais com outros esquemas terapêuticos se adaptam bem a ele. Mulheres histerectomizadas (sem útero) devem utilizar o Natifa sem a associação com o acetato de noretisterona, pois não necessitam da ação que essa substância promove no endométrio.

Crédito:Ana Carolina Prieto

Autor:Ana Carolina Prieto

Fonte:Segmento Comunicação Integrada