Rio de Janeiro, 03 de Maio de 2024

Pesquisa americana questiona estudos que investigam o uso da terapia hormonal durante a menopausa

Cresce a busca por tratamentos alternativos, como o Previna®, alimento funcional que teve eficácia comprovada em estudo da Unicamp
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que em 2030, cerca de 1,2 bilhões de mulheres terão mais de 50 anos, faixa em que a maioria delas entra na menopausa, um número três vezes maior do que em 1990. 
 
O tratamento de reposição hormonal, apesar de ser o mais utilizado nessa fase da vida está em questão.
 
Uma análise feita por pesquisadores do Georgetown University Medical Center, em Washington, e publicada na revista científica americana PLoS Medicine, analisou 50 pesquisas sobre o uso dessa terapia e concluiu que a maioria dos estudos favoráveis a esse tipo de tratamento foi escrita por autores que possuem ligações com a indústria de medicamentos e que podem até ter recebido pagamentos de laboratórios por palestras ou financiamento de estudos.
 
Dos artigos analisados, 32 foram considerados favoráveis à terapia, sendo que oito dos dez autores afirmaram ter recebido pagamentos da indústria farmacêutica.
 
Para a autora da pesquisa, a reposição hormonal só é viável se os sintomas da menopausa forem muito incômodos, sendo indicada apenas para casos graves.
 
Na contramão dessa alternativa, um estudo da Unicamp, com o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), comprovou a eficácia de um alimento à base de isolado proteico de soja desenvolvido por pesquisadores brasileiros – Previna® - para o tratamento dos sintomas da menopausa.
 
O estudo comparou os efeitos da ingestão diária desse alimento com o consumo da terapia hormonal de baixa dosagem.
 
A conclusão comprovou que o alimento Previna® proporciona efeitos relativos ao da reposição hormonal.
 
O sucesso do estudo foi publicado recentemente na conceituada revista Maturitas, da Sociedade Européia de Menopausa e Andropausa, que concluiu que o alimento é uma terapia alternativa para muitas mulheres que decidem não utilizar a famosa TH para o controle dos sintomas relacionados ao climatério.
 
O alimento analisado no estudo foi desenvolvido por uma equipe de especialistas em nutrição do Centro de Pesquisa Sanavita e possui em cada porção de 15g aproximadamente 45mg de isoflavonas, 10 gramas de proteínas de soja, 500 mg de cálcio e é enriquecido com Vitamina D.
 
Segundo a doutora Andrea Dario Frias, Ph.D em nutrição e coordenadora do Centro de Pesquisa, uma porção diária do Previna® concentra as quantidades adequadas de nutrientes importantes para a saúde da mulher que se encontra na menopausa.
 
“Como a expectativa de vida está cada vez maior e a previsão é de que daqui para frente as mulheres passem um terço de suas vidas nesse período, tratamentos alternativos que se diferem das terapias hormonais começam a ganhar cada vez mais espaço no mercado. Principalmente porque a reposição hormonal geralmente é interrompida pelas usuárias após um ano, a maior parte por conta de sangramentos irregulares, medo de câncer ou doença tromboembólica e ganho de peso”, esclarece Andrea.
 
A especialista ressalta que a soja, além de ser um alimento rico em isoflavonas (estrutura química semelhante ao estrogênio, o principal hormônio feminino), possui excelente valor nutricional com proteínas que ajudam também no controle do colesterol.
 
Já o enriquecimento do alimento com cálcio e vitamina D teve como objetivo promover um maior consumo desses micronutrientes tão importantes nessa fase da vida da mulher.
 
“Durante a menopausa a mulher fica mais exposta à perda de massa óssea devido à deficiência de estrogênio e por isso a suplementação de cálcio e vitamina D é necessária e indicada. Uma porção de Previna® atende 50% das necessidades diárias de cálcio e vitamina D”, finaliza.
 
Doutora Andrea Dario Frias é coordenadora do Centro de Pesquisa Sanavita, PhD em nutrição pela ESALQ – USP e atua na pesquisa e desenvolvimento de alimentos especiais e funcionais, possuindo vários trabalhos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais.
 
 

Crédito:Karina Martins

Autor:Mari Maellaro

Fonte:Universo da Mulher