Rio de Janeiro, 18 de Maio de 2024

Pálpebras cansadas, nunca mais!

Pálpebras cansadas, nunca mais!
Deformidades nas pálpebras, causadas geralmente pelo envelhecimento facial, são facilmente corrigidas com intervenção cirúrgica. A técnica é conhecida como Blefaroplastia, um procedimento de cirurgia plástica criado para corrigir problemas, estéticos e funcionais na região dos olhos. Outros fatores que causam envelhecimento são a ação da força da gravidade, o fumo, a exposição solar e o estresse.

“O aspecto de pálpebras cansadas pode ter causas diversas como perda da elasticidade da pele e o aparecimento de rugas; queda dos tecidos da pele e músculos com protusão (saliência) das bolsas de gordura; mas também podem ser anomalias do crescimento, deformidades adquiridas por traumatismo ou outras doenças. Até pessoas jovens, se tiverem tendência genética, podem apresentar este incômodo”, informa a cirurgiã plástica Audrey Worthington.

A médica adverte que o problema nas pálpebras também pode ocorrer devido a fatores clínicos como distúrbios renais, que incham a região dos olhos, e fatores emocionais, que podem acentuar as olheiras. “Nesses casos a Blefaroplastia não é indicada, pois esta cirurgia não remove ‘pés de galinha’, nem elimina olheiras. Também não eleva as sobrancelhas”, revela. “No entanto, a técnica pode ser associada a outros procedimentos faciais como o Lifting ou outros tratamentos de Medicina Estética como preenchimentos e aplicação da toxina botulínica (Botox®)”, ensina a coordenadora do curso de pós-graduação em Medicina Estética da FAPES.

“A cirurgia plástica das pálpebras é indicada para corrigir a flacidez muscular e os excessos de pele e gordura ao redor dos olhos”, diz Audrey. Segundo ela, o procedimento melhora muito o aspecto funcional e estético das pálpebras dando uma aparência mais jovial à pessoa.

Para a correção, a pele, a gordura e o músculo excedentes são retirados por meio de pequenas incisões, feitas por um cirurgião no sulco da pálpebra superior e na linha dos cílios da pálpebra inferior, com pequenas extensões laterais acompanhando rugas naturais já existentes. Depois do tratamento, a pele é suturada para acomodar os tecidos. Como a pele das pálpebras tem a espessura bastante fina, as cicatrizes ficam disfarçadas. “Três meses após a cirurgia, as marcas tornam-se imperceptíveis”, assegura a médica.

Não existe idade ideal para se operar as pálpebras. O diagnóstico e a indicação de cirurgia devem ser feitos por um médico. A intervenção, na maioria das vezes, é feita com anestesia local e dura apenas 90 minutos.

No pós-operatório, é comum o paciente ficar com os olhos irritados e arroxeados nos primeiros dias, mas os sintomas tendem a desaparecer em uma semana. “Em geral, o paciente retornar às suas atividades normais após uma semana, mas a cicatrização total varia de pessoa para pessoa”, tranqüiliza a cirurgiã.

 
DICAS DA DRA.AUDREY:

• No pós-operatório não pode ocorrer exposição ao sol, assim o uso de óculos escuros será bastante útil.
• Nas primeiras semanas, pode haver sensibilidade à luz e distúrbios visuais como visão dupla e um leve escurecimento, mas esses sintomas são temporários e desaparecem rapidamente.
• É normal ter a sensação de pálpebra apertada e dolorida depois da cirurgia. O uso de analgésicos, indicados pelo médico, pode aliviar o incômodo.
• A aplicação de compressas úmidas em soro ou chá de camomila gelados ajudam a diminuir a intensidade do inchaço.
• Eventualmente, pode ser indicado o uso de colírios específicos.
• Em caso de secreção, é preciso lavar os olhos com soro fisiológico e comunicar o médico.
• É recomendável manter a cabeça elevada durante alguns dias para diminuir a pressão na área operada.


Audrey Katherine Worthington (CRM 75398) é cirurgiã plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, pós-graduada em Medicina Estética pela Sociedade Brasileira de Medicina Estética.

É também membro da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento, fellow do Serviço de Cirurgia Plástica da Free University de Amsterdã, na Holanda.

Atualmente é diretora da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia e coordenadora do curso de pós-graduação em Medicina Estética da FAPES – Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo na Área de Saúde.

 

Crédito:Clarice Pereira

Autor:Audrey Katherine Worthington

Fonte:Multiletras Comunicação