Está comprovado, gérmen de soja reduz o risco de doenças cardiovasculares em mulher na menopausa e sua utilização não apresenta nenhum efeito colateral.
A conclusão é parte de um estudo realizado pela farmacêutica Isabela Rosier Olimpio Pereira em seu doutorado pela Universidade de São Paulo.
A pesquisa compara o efeito do gérmen de soja com a terapia de reposição hormonal simples e combinada por 3 meses sobre fatores de risco para a doença cardiovascular na menopausa.
As 60 mulheres pesquisadas, com idades entre 50 e 65 anos (em menopausa natural há pelo menos 1 ano), tinham colesterol elevado e hipertensão moderada e controlada. Durante todo o estudo as pacientes tiveram acompanhamento médico e nutricional.
Sob a orientação da Prof. Dra Dulcineia Saes Parra Abdalla, o estudo foi conduzido na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP com a colaboração de cardiologistas do Instituto Dante Pazzanese de cardiologia. As 60 mulheres participantes foram triadas no ambulatório do setor de deslipidemias do instituto.
O produto que a farmacêutica utilizou para desenvolver a pesquisa foi o IsoSoy, único no País 100% natural à base de gérmen de soja.
Foram utilizadas 2 cápsulas de 500 mg de 12 em 12 horas, após as refeições (totalizando 4 cápsulas ao dia). "Ao final do estudo chegamos a conclusão de que uma dose maior poderia ter trazido melhores resultados", diz a farmacêutica. "O consumo de soja e derivados poderia também ter levado a bons resultados, mas
para alcançar a concentração de isoflavonas recomendada, as pessoas precisariam comer grandes quantidades de produtos de soja e várias vezes ao dia, todos os dias."
para alcançar a concentração de isoflavonas recomendada, as pessoas precisariam comer grandes quantidades de produtos de soja e várias vezes ao dia, todos os dias."
A seguir, Isabela Rosier Olimpio Pereira dá detalhes do seu estudo e indica como a mulher deve se portar nessa fase tão delicada, buscando na natureza o equilíbrio hormonal, a partir do uso do gérmen de soja e de seu principal componente, a isoflavona.
Fale da sua formação. Onde atua atualmente?
Fale da sua formação. Onde atua atualmente?
Sou farmacêutica formada em 1997 pela Universidade Federal do Ceará, Mestre (2000) e Doutora (2004) em Ciência dos Alimentos pela Universidade de São Paulo. Atualmente, sou professora de Bioquímica e Bromatologia da
UniABC e estou me preparando para iniciar o pós-doutorado no semestre seguinte.
-Do que trata o seu estudo? Quanto tempo ele durou?
-O nosso objetivo foi comparar o efeito do gérmen de soja com a terapia de reposição hormonal simples (17 beta-estradiol) e combinada (17 beta estradiol+acetato de noretisterona) por três meses sobre fatores de risco para a doença cardiovascular na menopausa. Participaram deste estudo 60 mulheres hipercolesterolêmicas (com colesterol elevado) com idade entre 50 e 65 anos e em menopausa natural há pelo menos um ano. Essas mulheres tiveram acompanhamento médico e nutricional durante todo o estudo. Elas foram randomicamente divididas em 3 grupos de 20 e foram submetidas inicialmente ao "tratamento" com placebo durante 1 mês e depois a 3 meses com o tratamento (gérmen de soja, estradiol ou estradiol+progestógeno).
Após o placebo e ao final do tratamento, as mulheres fizeram uma coleta de sangue (para a realização dos exames) e a análise da reatividade vascular.
Os exames de sangue realizados foram colesterol, triglicérides, óxido nítrico (substância responsável pela vasodilatação) e produtos de oxidação de colesterol e LDL - todos relacionados com aumento do risco da doença
cardiovascular.
-As mulheres pesquisadas tinham colesterol e hipertensão? Era proposital?
-As mulheres eram hipercolesterolêmicas e tinham hipertensão moderada controlada. O estrógeno, hormônio feminino, tem ação protetora na redução do risco de doenças cardiovasculares em mulheres pré-menopausa em relação aos homens na mesma faixa etária. Quando uma mulher entra na menopausa, a produção de estrógeno é interrompida e com isso, muitas mulheres têm colesterol e a pressão sanguínea aumentados, e isso aumenta o risco de doença cardiovascular. Um dos intuitos da terapia de reposição hormonal era amenizar o risco de doenças cardiovasculares, porém além de ter vários efeitos colaterais e não poder ser usada em mulheres com risco de câncer, estudos recentes têm questionado esta ação protetora da terapia de reposição hormonal com resultados que indicam aumento do risco de doença cardiovascular e doenças trombolíticas com o seu uso. Por isso, participaram do estudo mulheres hipercolesterolêmicas e hipertensas (fatores de risco para doenças cardiovasculares), pois são condições bastante comuns na menopausa. Um outro importante fator de risco para a doença aterosclerótica é a produção de radicais livres e conseqüente oxidação de estruturas do organismo, como colesterol e LDL. O nosso objetivo, portanto, foi avaliar os efeitos do gérmen de soja sobre estes fatores de risco que são comuns na menopausa.
cardiovascular.
-As mulheres pesquisadas tinham colesterol e hipertensão? Era proposital?
-As mulheres eram hipercolesterolêmicas e tinham hipertensão moderada controlada. O estrógeno, hormônio feminino, tem ação protetora na redução do risco de doenças cardiovasculares em mulheres pré-menopausa em relação aos homens na mesma faixa etária. Quando uma mulher entra na menopausa, a produção de estrógeno é interrompida e com isso, muitas mulheres têm colesterol e a pressão sanguínea aumentados, e isso aumenta o risco de doença cardiovascular. Um dos intuitos da terapia de reposição hormonal era amenizar o risco de doenças cardiovasculares, porém além de ter vários efeitos colaterais e não poder ser usada em mulheres com risco de câncer, estudos recentes têm questionado esta ação protetora da terapia de reposição hormonal com resultados que indicam aumento do risco de doença cardiovascular e doenças trombolíticas com o seu uso. Por isso, participaram do estudo mulheres hipercolesterolêmicas e hipertensas (fatores de risco para doenças cardiovasculares), pois são condições bastante comuns na menopausa. Um outro importante fator de risco para a doença aterosclerótica é a produção de radicais livres e conseqüente oxidação de estruturas do organismo, como colesterol e LDL. O nosso objetivo, portanto, foi avaliar os efeitos do gérmen de soja sobre estes fatores de risco que são comuns na menopausa.
-Quais as conclusões finais sobre a comparação do gérmen de soja com a Terapia de Reposição Hormonal?
-O gérmen de soja, por conter isoflavonas, que são substâncias antioxidantes mostrou ações benéficas na redução do risco de doença cardiovascular para a mulher na menopausa, com a vantagem de não ter efeitos colaterais comprovados. Porém somente o gérmen de soja na dose utilizada não foi suficiente para redução de colesterol e triglicérides como foi o estradiol.
-Vocês utilizaram o Isosoy no tratamento?
-Foi utilizado o gérmen de soja (IsoSoy), 2 cápsulas de 500 mg de 12 em 12 horas, após as refeições (totalizando 4 cápsulas ao dia). Ao final do estudo chegamos à conclusão de que uma dose maior poderia ter trazido melhores resultados. O consumo de soja e derivados poderia também ter levado a bons resultados, mas para alcançar a concentração de isoflavonas recomendada, as pessoas precisariam comer grandes quantidades várias vezes todos os dias. No Brasil, a aceitação da soja não é muito boa, portanto, as cápsulas de gérmen de soja foram uma boa opção. O gémen de soja tem uma elevada concentração de isoflavonas associadas à proteína da soja, diferente dos extratos disponíveis comercialmente que contém a maior parte das isoflavonas na forma aglicona. Vários estudos têm comprovado que as isoflavonas (fitoestrógenos) são mais biodisponíveis quando associadas a proteína da soja porque estão nas formas glicosídicas.
-Quem colaborou com o estudo?
-Este estudo foi a minha tese de doutorado e foi conduzido na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, sob a orientação da Prof. Dra Dulcineia Saes Parra Abdalla, com a colaboração de cardiologistas do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - SP (Dr Marcelo Chiara Bertolami e Dr Andre Arpad Faludi) e do Prof. Dr José Mendes Aldrighi da Escola de Saúde Pública-USP. As mulheres foram triadas no ambulatório do setor de deslipidemias do Inst. Dante Pazzanese.
-Antes deste doutorado a senhora já havia estudado a soja, em coelhos...
-No mestrado (2000), nós fizemos um trabalho experimental com coelhos machos. Estes coelhos foram alimentados com uma dieta que causasse aterosclerose. Um grupo de animais foi suplementado com isoflavonas de soja e outro não. Os animais suplementados tiveram o colesterol reduzido, diminuição de produtos de oxidação de lipídeos e menos lesões nos vasos sanguíneos (ateroclerose) que os animais não suplementados. Isso nos estimulou a verificar esses efeitos em humanos. Mas os resultados do trabalho experimental feito em coelhos também foi importante porque os resultados positivos foram encontrados em coelhos machos, ou seja a ação antoxidante das isoflavonas não é dependente do seu efeito como fitohormônio feminino. Dada a problemática da menopausa em que ocorre aumento do risco de doença cardiovascular e sendo as isoflavonas consideradas fitoestrogênios, decidimos avaliar este efeito especificamente em mulheres com tais fatores de risco, que resultou no trabalho do doutorado.
-Quais as vantagens em tratamentos com o gérmen de soja?
-Os benefícios da soja culminaram com a recomendação do FDA do consumo de 25 g de proteína da soja por dia para prevenção de doenças cardiovasculares. A soja ajuda a reduzir colesterol e tem substâncias antioxidantes
(isoflavonas) e está associada à redução de sintomas da menopausa. A inibição da agregação plaquetária é um dos efeitos da isoflavonas, dentre outros como efeito antioxidante, inibição de proliferação de células, anti-cancerígeno, ativação de receptores de estrógenos, etc.
(isoflavonas) e está associada à redução de sintomas da menopausa. A inibição da agregação plaquetária é um dos efeitos da isoflavonas, dentre outros como efeito antioxidante, inibição de proliferação de células, anti-cancerígeno, ativação de receptores de estrógenos, etc.
-Qual a alternativa para aliviar os efeitos da TRH convencional?
- Desde que a TRH convencional não seja indicada, o uso de isoflavonas pode ser uma boa alternativa para a mulher na menopausa.
-A terapia com gérmen de soja também é indicada para mulheres mais jovens, ou apenas no período da menopausa?
-A terapia com gérmen de soja também é indicada para mulheres mais jovens, ou apenas no período da menopausa?
-Embora o consumo de soja esteja se difundindo entre as mulheres no climatério para redução dos sintomas e riscos da menopausa, o seu consumo é benéfico para todas as idades e todos os sexos. Pois independente do efeito estrogênico, as isoflavonas são substâncias antioxidantes e inibidoras da agregação plaquetária, prevenindo doenças cardiovasculares e diversos tipos de câncer.
-Qual conselho a senhora dá as mulheres que já sofreram com a TRH convencional e abandonaram o tratamento?
-Nunca abandone um tratamento sem antes consultar um médico especialista, pois só ele poderá indicar e/ou substituir o tratamento de acordo com as características da paciente
ISOSOY
ISOSOY é o único produto 100% natural à base de gérmen de soja não transgênico, produzido por exclusivo processo de fabricação, sem adição de solventes ou substâncias químicas. A HERBORISA, empresa responsável pela fabricação fica em Londrina, Paraná e utiliza somente soja tipo exportação. O ISOSOY tem baixo teor calórico, índice de colesterol zero e não engorda. O gérmen de soja usado na fabricação do produto passa por um rigoroso controle, por meio de processos físicos de inativação de enzimas prejudiciais ao organismo. Por isso não provoca efeitos colaterais, é absorvido de forma natural pelo intestino e tem grande aceitação por médicos, nutrólogos, nutricionistas e consumidores.
Crédito:Anna Beth
Autor:Luciana Juhas
Fonte:Galeria de Comunicações