Rio de Janeiro, 18 de Abril de 2024

Canção Nova : A força do Amor

A força do Amor 
 
Monsenhor Jonas Abib

Muitas vezes, não temos amor nem misericórdia para com os nossos irmãos, porque, verdadeiramente, não acreditamos no amor de Deus.

Para romper com essa barreira é preciso pedir essa graça a Deus para que comecemos a amar os nossos próximos, a ter misericórdia de nossos irmãos e a perdoá-los, compreendendo e ajudando um ao outro a se levantar nas quedas. Olhemos para Jesus, que nos toma pela mão, nos arrasta da lama e nos pega no colo.

Precisamos, portanto, em primeiro lugar, acreditar no amor de Deus, na Sua misericórdia, no Seu perdão. Acreditar que Deus é realmente nosso Pai, cheio de amor e misericórdia. O amor de Deus não é um amor genérico, e sim, pessoal, ou seja, amor por mim. Ele me ama, me perdoa, tem misericórdia de mim, não me condena nem me acusa. Ele é meu PAI.

Não se esqueçam, irmãos, de que "A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (cf. 1 Coríntios 13, 4-7).

"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade" (I João 3,18).


Esaú e Jacó

 

Isaac e Rebeca tiveram dois filhos gêmeos, Esaú e Jacó. O primeiro era caçador, um homem forte e valente e Jacó era tranqüilo e caseiro.

 

Na época, quando um pai falecia, era tradição dar toda a autoridade ao filho mais velho sobre os filhos mais novos, além da maior parte na herança. Neste caso, Esaú era considerado o filho mais velho.

 

Certa vez, Jacó preparava um jantar e Esaú chegou cansado e com fome dizendo: “Jacó, me arranje alguma coisa para comer, estou com muita fome”. E Jacó respondeu: “Só vou lhe dar comida se você me passar o direito de filho mais velho”. E Esaú aceitou. Trocou o seu direito de primogenitura por um prato de lentinhas.

 

Ao passar do tempo, Isaac ficou velho e já não conseguia enxergar. Já a beira da morte, pediu que Esaú viesse ao seu encontro e disse-lhe: “Filho, vá caçar algo para eu comer. E, depois que eu comer, lhe darei a minha bênção”. E Esaú foi caçar assim como seu pai havia pedido. Enquanto Isaac falava, Rebeca, sua esposa, o ouviu e foi contar a Jacó. Sabendo disso, Jacó preparou um prato e se passou por seu irmão, pois desejava receber a bênção do primogênito e, com ela, os bens garantidos por direito ao filho mais velho. E Isaac, já cego, acreditou que Jacó realmente era Esaú, e lhe deu a sua bênção.

 

Foi então que Esaú chegou com o prato a pedido de seu pai e descobriu que havia sido enganado e começou a odiar seu irmão. Sua mãe, percebendo isso, mandou que Jacó fosse para a casa do tio Labão até que a ira de Esaú passasse.

 

Jacó fez como sua mãe havia lhe exortado e ficou na companhia da família de seu tio. Ali conheceu Raquel, filha de Labão, e com ela se casou. E foi agraciado com muitos bens por causa da bênção que havia recebido no lugar de Esaú.

 

Passados alguns anos, Jacó quis voltar para a casa de seu pai, na terra de Canaã. Enviou primeiro mensageiros para avisarem a Esaú de que estaria de volta. Como ele temia a reação do irmão, mandou presentes imaginando que assim o acalmaria. Mas Esaú foi ao seu encontro com uma tropa de quatrocentos homens. E Jacó, preparado para pedir perdão, foi surpreendido pela atitude do seu irmão que, ao contrário do que pensava, o beijou e o abraçou. E assim se perdoaram um ao outro.

 

“Os textos desta coluna são baseados na “Bíblia para Crianças”, lançada em 2006 pela Editora Canção  Nova, com 480 páginas ilustradas, e que está em sua 16ª edição”.

 

Crédito:Cris Padilha

Autor:Ana Paula

Fonte:Monsenhor Jonas Abib