Muitas vezes, não temos amor nem misericórdia para com os nossos irmãos, porque, verdadeiramente, não acreditamos no amor de Deus.
Para romper com essa barreira é preciso pedir essa graça a Deus para que comecemos a amar os nossos próximos, a ter misericórdia de nossos irmãos e a perdoá-los, compreendendo e ajudando um ao outro a se levantar nas quedas. Olhemos para Jesus, que nos toma pela mão, nos arrasta da lama e nos pega no colo.
Precisamos, portanto, em primeiro lugar, acreditar no amor de Deus, na Sua misericórdia, no Seu perdão. Acreditar que Deus é realmente nosso Pai, cheio de amor e misericórdia. O amor de Deus não é um amor genérico, e sim, pessoal, ou seja, amor por mim. Ele me ama, me perdoa, tem misericórdia de mim, não me condena nem me acusa. Ele é meu PAI.
Não se esqueçam, irmãos, de que "A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (cf. 1 Coríntios 13, 4-7).
"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade" (I João 3,18).
Esaú e Jacó
Isaac e Rebeca tiveram dois filhos gêmeos, Esaú e Jacó. O primeiro era caçador, um homem forte e valente e Jacó era tranqüilo e caseiro.
Na época, quando um pai falecia, era tradição dar toda a autoridade ao filho mais velho sobre os filhos mais novos, além da maior parte na herança. Neste caso, Esaú era considerado o filho mais velho.
Certa vez, Jacó preparava um jantar e Esaú chegou cansado e com fome dizendo: Jacó, me arranje alguma coisa para comer, estou com muita fome. E Jacó respondeu: Só vou lhe dar comida se você me passar o direito de filho mais velho. E Esaú aceitou. Trocou o seu direito de primogenitura por um prato de lentinhas.
Ao passar do tempo, Isaac ficou velho e já não conseguia enxergar. Já a beira da morte, pediu que Esaú viesse ao seu encontro e disse-lhe: Filho, vá caçar algo para eu comer. E, depois que eu comer, lhe darei a minha bênção. E Esaú foi caçar assim como seu pai havia pedido. Enquanto Isaac falava, Rebeca, sua esposa, o ouviu e foi contar a Jacó. Sabendo disso, Jacó preparou um prato e se passou por seu irmão, pois desejava receber a bênção do primogênito e, com ela, os bens garantidos por direito ao filho mais velho. E Isaac, já cego, acreditou que Jacó realmente era Esaú, e lhe deu a sua bênção.
Foi então que Esaú chegou com o prato a pedido de seu pai e descobriu que havia sido enganado e começou a odiar seu irmão. Sua mãe, percebendo isso, mandou que Jacó fosse para a casa do tio Labão até que a ira de Esaú passasse.
Jacó fez como sua mãe havia lhe exortado e ficou na companhia da família de seu tio. Ali conheceu Raquel, filha de Labão, e com ela se casou. E foi agraciado com muitos bens por causa da bênção que havia recebido no lugar de Esaú.
Passados alguns anos, Jacó quis voltar para a casa de seu pai, na terra de Canaã. Enviou primeiro mensageiros para avisarem a Esaú de que estaria de volta. Como ele temia a reação do irmão, mandou presentes imaginando que assim o acalmaria. Mas Esaú foi ao seu encontro com uma tropa de quatrocentos homens. E Jacó, preparado para pedir perdão, foi surpreendido pela atitude do seu irmão que, ao contrário do que pensava, o beijou e o abraçou. E assim se perdoaram um ao outro.
Os textos desta coluna são baseados na Bíblia para Crianças, lançada em 2006 pela Editora Canção Nova, com 480 páginas ilustradas, e que está em sua 16ª edição.
Crédito:Cris Padilha
Autor:Ana Paula
Fonte:Monsenhor Jonas Abib