Rio de Janeiro, 18 de Maio de 2024

Alanis Morissette tira a roupa

Alanis Morissette tira a roupa

EDMONTON, CANADÁ (Reuters) - A roqueira canadense Alanis Morissette não expôs seu seio nu como fez Janet Jackson, mas disse a que veio no domingo à noite, na entrega anual do Juno Awards, manifestando o desprezo que sente pelo que descreveu como "a hipócrita censura norte-americana".

Ao apresentar a cerimônia dos Juno Awards 2004, a versão canadense do Grammy, Morrissette tirou a roupa sobre o palco, aparecendo com uma segunda pele, completa com mamilos e pêlos púbicos de mentira.

Como parte da encenação, o diretor assistente do evento lhe disse que "não podemos exibir mamilos nem pêlos púbicos na TV nacional". Então a cantora nascida em Ottawa arrancou as partes de mentira.

Morissette disse que a encenação tinha como alvo as instituições governamentais dos Estados Unidos e sua reação excessiva à expressão cultural livre, em consequência do furor provocado pela gafe cometida por Janet Jackson durante o Super Bowl, quando o seio da cantora foi exposto a milhões de telespectadores.

"Como vocês talvez já saibam, ou talvez não, há pouco tempo, nos Estados Unidos, tive um probleminha ligado à letra de uma de minhas canções", disse Morissette ao público de 17 mil pessoas.

Ela referia-se a seu lançamento mais recente, "Everything", que inclui o verso "I can be an a--hole of the grandest kind" ("posso ser uma c...... de primeira categoria").

"Foi pedido que eu trocasse uma palavra no primeiro verso. Estou muito feliz de estar de volta a meu país, o verdadeiro Norte, forte e livre de censura."

As estações de rádio norte-americanas ameaçaram recentemente proibir a canção, obrigando Morissette a mudar a palavra polêmica para "nightmare" (pesadelo).

Indagada, de brincadeira, se Janet Jackson deveria receber status de refugiada cultural no Canadá, Morissette respondeu: "Está aí uma boa idéia".

O maior vencedor dos Juno Awards 2004 foi o roqueiro de Montreal Sam Roberts, que levou para casa as menções de melhor artista do ano, melhor álbum do ano ("We Were Born in a Flame") e melhor álbum de rock.

Outros vencedores incluíram a cantora pop Nelly Furtado (melhor single do ano por "Powerless [Say What You Want]"), Sarah McLachlan (melhor compositora do ano), Michael Buble (melhor artista novo do ano) e Nickelback (melhor grupo do ano e favorito dos fãs).

Crédito:Scott Pattison

Autor:Scott Pattison

Fonte:Reuters