Rio de Janeiro, 03 de Maio de 2024

Testoterona nelas!

Aconteceu na série Sex and the City: apaixonado, o namorado de Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) fala que quer morar com ela. Apavorada, a moça recua, diz que preza sua liberdade, mas acaba se assustando com a própria reação e passa dias em busca de sua porção mulherzinha.

Samantha é daquelas mulheres que têm o lado masculino bem desenvolvido. Ou seja, são independentes profissionalmente, práticas no dia-a-dia e têm medo de envolvimentos mais sérios. Tudo isso, aparentemente, claro. Amanda Kersting, 23 anos, faz o tipo que sofre ao lado do telefone, mas não dá o braço a torcer: ele liga primeiro. “Não tenho meio-termo. Prezo muito minha liberdade e deixo isso bem claro desde o começo. Conto para as amigas o que estou sentindo, mas dificilmente demonstro para o cara e acabo sozinha”, lamenta ela, assumindo carência.

Trabalhando com Amanda na loja Época Cosméticos, Daniela White, 23 anos, nem contesta quando as amigas a apontam como ‘a’ mulherzinha: “Uso maquiagem que combina com a roupa que vou para a faculdade, gosto de homem que abre a porta do carro e choro sempre que tenho vontade. Sou muito menininha”.

Na linha porção masculina aflorada, a secretária Márcia Pires, 27 anos, não gosta que lhe paguem as coisas. “Eu trabalho, sou independente”, bate pé na justificativa. O que Márcia detesta, Daniela adora. “Tive muitos relacionamentos em que dividia a conta e o cara se acomodava. Meu atual namorado faz questão de pagar tudo. Diz que é uma forma de carinho, de me mimar e eu adoro", derrete-se.

Desencanada, independente e com iniciativa, a administradora Heidi Georg, 35 anos, conta que já assustou muitos pretendentes com seu jeito. “Sou grandona, nem combina ficar de nhenhenhém. Mas homem detesta não se sentir necessário”, constata. A atriz Amanda Lee, 24, assina embaixo. “Eles ficam receosos, preferem alguém que dependa deles, adoram quando mulher sente frio e pede para eles a esquentarem. Mas também não dá para ser a chata, fragilzinha”, ensina a chegar ao meio-termo.

Ah, quanto a Miranda, no fim do episódio ela acabou admitindo sua dificuldade em achar um ponto de equilíbrio e terminou chorando no ombro do namorado, feliz com o reaparecimento de seu lado feminino.

 
 
 

Mulherzices

VAIDADE. “Adoro uma novidade para o cabelo e sou viciada em cremes. Se tomar três banhos, faço o mesmo ritual todas as vezes. Minha mãe e minhas amigas até fazem piada com isso”, conta Amanda Lee.

INICIATIVA. Ficar em casa esperando o telefone tocar, não transar no primeiro encontro com medo do que o cara vai pensar são típicas coisas de mulherzinha. O que não quer dizer que quem subverta isso se dê mal. “Dei o primeiro telefonema para meu marido, transamos no primeiro encontro e estamos juntos há dez anos”, confirma Heidi Georg.

ESPAÇO. Comportamento típico de homem: tremer na base quando a namorada começa a deixar escova de dentes, biquíni e – por que não? – muda de roupa em sua casa. “Eles se sentem acuados, acham que a mulher quer casar. Mulher entende isso melhor. Sabe que é uma questão de praticidade”, diz Heidi.

TPM. Outra boa maneira de distinguir uma mulherzinha de outra mais ‘machinha’ é a reação na tensão pré-menstrual. “As mulherzinhas ficam sensíveis, choram. As outras ficam irritadas, brigam com todo mundo”, diferencia Márcia Pires.

DIFERENÇA. Uma coisa é fazer questão de dividir a conta, ter seu próprio espaço e não ser chegada a muitos apelidos. Mas uma dose de romantismo e delicadeza é boa e todos – homens e mulheres – gostam.

Crédito:Anna Beth

Autor:Flávia Motta

Fonte:O DIA