Rio de Janeiro, 17 de Maio de 2024

Esclarecimento sobre a Epidemia de Dengue: NOTA OFICIAL ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE HOMEOPATIA

Sobre a Epidemia de Dengue


Acompanhamos faz algum tempo a uma importante Epidemia de Dengue em vários locais do país, o que propicia o aparecimento de casos mais graves e hemorrágicos. Com relação à Homeopatia, alguns esclarecimentos se fazem necessários: e-mails que circulam em particular no Rio de Janeiro, chegando agora a outros pontos do Brasil, dão conta de fórmulas homeopáticas para prevenção e tratamento do dengue; a APH vêm a público esclarecer que não existe qualquer evidência científica de efetividade de tais produtos nos tratamentos. Trata-se, ao contrário, de um desserviço e de um risco à vida dos cidadãos que, no grave momento de epidemia, necessitam de atendimento médico de qualidade e seguro.

 

Esclarecemos ainda que a abordagem terapêutica dos pacientes com dengue deve ser direcionada à atenção integral do paciente, sem perder de perspectiva as características epidemiológicas regionais e a realidade local. Neste sentido a utilização da Homeopatia é recurso possível, considerando a sua condição de especialidade médica, exigindo habilidade e experiência do profissional que a exerce. Os medicamentos homeopáticos, com um ou mais componentes (complexos) exigem, além da prescrição médica, a sua manipulação em farmácias com profissionais habilitados em Homeopatia.

 

A Homeopatia age preventivamente e curativamente, mas não deve ser confundida com vacina. A homeopatia não é vacina e nem age de forma a imunizar no sentido de reação específica antígeno/anticorpo. A utilização em epidemias atende ao critério do “gênio epidêmico”, em que é necessário o estudo prévio do conjunto de sinais e sintomas da doença predominantes em uma determinada região para a elaboração de protocolo específico. Não há impedimentos ao uso da terapêutica homeopática atendendo aos princípios que a norteiam e às legislações vigentes.

 

No âmbito do SUS, a ênfase na incorporação da Homeopatia na atenção básica representa ampliação da oferta de atendimento e é diretriz das políticas específicas de atenção pública à saúde.

 

É preciso ficar claro que o impacto no enfrentamento da dengue depende do controle da transmissão do vírus da dengue, além da qualidade no atendimento. O controle da transmissão se dará essencialmente no âmbito coletivo e exige um esforço de toda a sociedade, sendo prioritária a adoção de novas práticas e incorporação permanente de hábitos, uma vez que não há evidência técnica de que a erradicação do mosquito seja possível.


São Paulo, 29 de abril de 2008

Associação Paulista de Homeopatia

Crédito:Cris Padilha

Autor:

Fonte:Acontece - Chico Damaso