O objetivo do Sismama é melhorar as condições de detecção e tratamento do câncer de mama, pois funciona como um racionalizador do sistema e um instrumento de controle epidemiológico da doença, estabelecendo um sistema único e padronizado de registro das pacientes. Dessa forma, cada paciente terá um formulário onde ficará registrado o diagnóstico clínico, exames de mamografias nos serviços de radiologia credenciados, a eventual confirmação do tumor através da biópsia, além de tratamentos cirúrgicos, quimioterapia e radioterapia.

Sua aplicação generalizada pode implicar o fim do teto mensal de exames que o SUS (Sistema Único de Saúde) está autorizado a reembolsar em cada município.  Em São Paulo, onde a situação é a mais favorável, o teto em 2005 era de 12.300 exames por mês, muito aquém da demanda - de acordo com o Inca, todo ano são registrados cerca de 50 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Vale ressaltar que no tratamento da Aids este limite não existe mais.

Para debater temas como esse, inclusive com a presença do ministro da Saúde, o Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM) realiza nos dias 15 e 16 de fevereiro a II Conferência Brasileira de Câncer de Mama/Enfoque San-Antonio, evento científico que vai discutir novas políticas brasileiras de saúde, medicamentos/tratamentos de última geração e pesquisas do tema.