Rio de Janeiro, 02 de Maio de 2024

Programa 10.000 Mulheres

FGV lança projeto para desenvolver o talento gerencial e empresarial de mulheres empreendedoras
 
82 brasileiras foram escolhidas para integrar um grupo especial de 10.000 mulheres de todo o mundo
 
A participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro vem aumentando progressivamente nas últimas décadas, chegando à marca dos 42,6 milhões, segundo o PNAD 2006.
 
Esse número torna-se ainda mais significante quando analisados os dados referentes ao empreendedorismo.
 
De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, liderada pela London Business School e o Babson College (EUA) e realizada no Brasil pelo SEBRAE, em 2001 as mulheres representavam 29% dos empreendedores do Brasil, contra 52% em 2007.
 
Ainda assim, existem milhões de mulheres ao redor do mundo com talento empreendedor, mas que não possuem as instruções e ferramentas necessárias para que o seu negócio dê certo.
 
Por esse motivo a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV), em parceria com o grupo Goldman Sachs, lançou nessa sexta-feira (29/05), o programa 10.000 Mulheres.
 
O objetivo da iniciativa é aprimorar esse perfil feminino, oferecendo cursos de gestão para 10 mil mulheres ao final de cinco anos.
 
Para Tales Andreassi, professor da FGV-EAESP e coordenador da primeira edição do projeto, “será uma grande oportunidade para as  empreendedoras brasileiras escolhidas, pois a idéia é prepará-las para desafios maiores do que os já vividos por elas, capacitando-as às mudanças que certamente virão”.
 
O programa teve início em 2008 quando uma pesquisa realizada pelo Goldman Sachs revelou que um dos meios mais importantes para alcançar o crescimento econômico é o incentivo ao espírito empreendedor feminino.
 
A partir daí, o banco procurou diversas instituições de ensino localizadas em países como Afeganistão, Ruanda, Egito, Índia e Nigéria para viabilizar o projeto, além de fazer um investimento global de US$ 1 milhão.
 
No Brasil, a instituição escolhida foi a Escola de Administração de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV).
 
Segundo Valentino Carlotti, presidente do Goldman Sachs do Brasil, uma maior participação de mulheres na força de trabalho no país poderia aumentar o PIB per capita em 9,1% até 2030.
 
Foram mais de 840 inscritas no processo seletivo brasileiro, das quais 82 foram escolhidas para ingressarem no programa.
 
O curso, que oferece de fundamentos nas áreas de marketing, comunicação, jurídica, economia, finanças, recursos humanos, administração e tecnologia,  terá a duração de quatro meses e será formado por duas turmas.
 
Uma para profissionais com mais de dez anos de experiência em administração no seu próprio negócio e outra para jovens com graduação universitária que querem se tornar empreendedoras.
 
 

 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Kátia Meireles

Fonte:Insight