Rio de Janeiro, 17 de Maio de 2024

Cursos de jornalismo: nova polêmica a caminho


Pessoas de qualquer área possam exercer a profissão. Você acha certo?
 

Os cursos de jornalismo
por Renata Cafardo
 
Depois de revisar os processos de avaliação dos cursos de Direito, Medicina e Pedagogia, o Ministério da Educação (MEC) se vira para Jornalismo.
 
A idéia inicial do ministro Fernando Haddad é a de que pessoas formadas em qualquer área do ensino superior possam exercer a profissão. Para isso, seria apenas necessário cursar dois anos de algumas disciplinas específicas de jornalismo.
 
A história parece estar no plano das idéias ainda, mas já começou a causar polêmica. Um comissão deve ser formada nos próximos dias, no MEC, para estudar o assunto.
 
O presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, diz hoje no jornal O Globo, em matéria do meu colega Demétrio Weber, que só concorda com a mudança se a regra valer também para outros cursos.
 
Ou seja, jornalistas que quiserem exercer profissões de advogado ou economista, por exemplo, também poderiam cursar apenas 2 anos de disciplinas específicas. "Jornalista não é profissão inferior", bradou.
 
Os cursos de jornalismo são oferecidos atualmente com quatro anos de duração.
 
O Brasil exige o diploma para exercer a profissão, mas uma liminar do Supremo Tribunal Federal, que será votada ainda neste ano, suspendeu a exigência.
 
O MEC tem declarado que as mudanças no curso nada têm a ver com a discussão sobre o diploma.
 
Para o ministro, com exigência ou não da graduação, o curso pode ser repensado.
 
"A comunicação tem uma conexão direta com a questão democrática, assim como o Direito, a Medicina e a Pedagogia", disse Haddad, ao justificar o interesse nos cursos de jornalismo.
 
A supervisão das outras três áreas fez com que instituições assinassem termos de compromisso para melhora e fechou algumas vagas no vestibular.
 
 
 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Renata Cafardo

Fonte:Estadão