Rio de Janeiro, 18 de Maio de 2024

Morte: a perda irreparável

Morte: a perda irreparável
Como passar por este momento tão difícil e aproveitá-lo para o crescimento pessoal –
a astróloga kármica, Dulce Regina, e a terapeuta Maria José Coletti dão algumas dicas
 
Dezembro é sinônimo de “balanço anual”. Seja nos negócios, na família ou nas relações pessoais. Nessas horas, re-avaliamos nossas vidas e, muitas vezes, lembramos daqueles que se foram. Das pessoas que tanto amamos e já não estão mais entre nós. A morte de um ente querido é, sem dúvida, um dos momentos mais difíceis da vida. Todos nós sabemos que não poderemos escapar dessa situação. Já que estamos vivos, somos fadados a encontrar a morte.
 
Muitas vezes, ela é até um alívio para a dor e o sofrimento, mas não deixa de causar angústia e tristeza para os que ficam. O sentimento de vazio é inevitável e profundo. Por isso, desde os primórdios, o homem busca explicações para a vida e a morte. Todas as religiões, filosofias e correntes espirituais procuram formas de lidar com esse sofrimento.
 
A reencarnação é uma das teorias que ajudam a aliviar a dor dos que ficam. Segundo a astróloga kármica Dulce Regina, a morte é uma passagem. Os espíritos desencarnam para encarnar novamente em outro corpo. Ou seja, cada um de nós já pode ter vivido inúmeras vidas e em diferentes épocas. “Cada vez que encarnamos, trazemos uma missão espiritual para realizar na Terra e também inúmeras lições para aprender e crescer espiritualmente”, afirma Dulce Regina.
 
Após mais de 25 anos de experiência com astrologia kármica e regressão, Dulce Regina acredita que o karma familiar é o mais forte e profundo entre os relacionamentos. A palavra karma, que significa lei de causa e efeito, não deve ser colocada de uma maneira pejorativa, mas ao contrário, a astróloga afirma que é a oportunidade de melhorar e evoluir.
 
Maria José Coletti, psicóloga e terapeuta corporal há mais de 10 anos, também acredita que a morte é um momento de aprendizado. Para ela, a morte está presente em nosso dia-a-dia, quando terminamos um relacionamento, quando saímos de um emprego, quando acaba o dia, enfim, quando existe uma mudança. “A  morte é apenas uma mudança para um novo começo. Na sociedade ocidental, estabeleceu-se um medo da morte, pois ela representa o desconhecido,  ou a perda total do controle – coisas que somos incentivados a ‘manter’”, afirma. Além disso, a psicóloga diz que são os momentos  de perda que nos conduzem a entrar em contato com   diversos conteúdos emocionais que estavam estagnados no nosso inconsciente, tais como: frustração, raiva, tristeza, dor, medo, angústia. Normalmente, eles vêm acompanhados  de uma sensação de  dificuldade ou impotência para lidarmos com estas emoções.
 
Nestes momentos, nos vemos obrigados a entrar em contato com os conteúdos que deixamos "guardados" no nosso inconsciente. “Em muitas circunstâncias, nos sentimos como se estivéssemos morrendo, pois não somos estimulados pela nossa cultura a olhar de frente a morte de certos ‘aspectos’ nossos no dia a dia”, acrescenta Maria José.
 
 
Para lidar com essas emoções, as duas profissionais sugerem alguns passos básicos, mas lembrando que o acompanhamento de um profissional qualificado é sempre imprescindível em momentos difíceis como esses:
 
Lembrar que essa despedida não é eterna – de acordo com crenças espirituais, a morte é um momento importante de crescimento espiritual. A alma continua viva em outra dimensão e é possível até mesmo recorrer à sua energia.
 
Identificar e observar as emoções – é preciso observar além da dor da "separação", da saudade, ou seja, o que efetivamente está sentindo. Muitas vezes, a morte traz à tona outras emoções escondidas. Ressentimento, culpa, mágoa e outras dificuldades podem aparecer.
 
Liberar essas emoções – após identificar o que está sentido, é importante observar o que pode ser feito e trabalhar o perdão, o amor e a compaixão. Nesse sentido, os processos terapêuticos ou regressão  são extremamente importantes e úteis para ajudar a transformar a situação em que se encontra.
Exercícios físicos com consciência corporal, relaxamento, meditação, técnicas corporais ou mesmo artes marciais (sempre com um bom mestre) também são muito úteis.
 
Encontrar sua essência – com estes passos, mais a conexão com a fé, é possível chegar à sua  essência , que vai lhe abrir caminho para o entendimento real e profundo da situação.
 
Agradecer a oportunidade  - Cada momento da vida é uma grande oportunidade de crescimento. Viver com uma pessoa que se amou e/ou odiou também é algo que devemos agradecer. Portanto, aproveite este momento para agradecer à vida e ver qual o grande aprendizado que você pode extrair desta experiência.
Independente de qualquer crença, a mensagem que fica é que aqueles que amamos vivem eternamente em nossas lembranças!
 
 
 
* Dulce Regina acaba de passar pela morte de sua mãe, uma pessoa especial e querida. Em sua homenagem, lança o livro de orações Sementes de Fé e Esperança:
 
 
  
Sobre Dulce Regina
Fundadora do Espaço Encontro de Luz, com mais de 25 anos de experiência, Dulce Regina é pioneira em unir astrologia kármica e terapia de vidas passadas. Ela utiliza o mapa astral como um diagnóstico espiritual, realizando uma leitura aprofundada e baseada na análise dos karmas e da missão de cada um. O Espaço conta com palestras, encontros de discussão e atendimentos e é referência para terapeutas e astrólogos de todo o país, além de ser sede da Editora Encontro de Luz. Dulce é autora de cinco livros no Brasil, três deles publicados também em Portugal, um na Espanha e América Latina. Seus livros podem ser encontrados e encomendados pelo site: www.dulceregina.com.br, onde também é possível saber mais sobre as atividades no Espaço Encontro de Luz.
 

Crédito:Maria Monteiro

Autor:Ana Lúcia Berndt

Fonte:Soma Agência de Comunicação Sustentável