Rio de Janeiro, 17 de Maio de 2024

Dia 25 de setembro: Dia Mundial do Coração

A Sociedade Européia de Cardiologia definiu como epidemia global e crescente a mortalidade por doenças cardiovasculares, em geral, e pelo infarto agudo do miocárdio, em especial. 
 
 
De acordo com as estimativas da entidade, nas próximas três décadas, a incidência da doença irá quase dobrar globalmente, passando de 85 milhões de incapacitações anuais, registradas em 1990, para 160 milhões, em 2020. “O mais alarmante desta estimativa é o fato de que 80% dessas ocorrências recairão sobre os países em desenvolvimento, grupo no qual o Brasil está incluído”, afirma a endocrinologista e nutróloga Ellen Simone Paiva, diretora-clínica do CITEN.
 
Em 2005, a Sociedade Brasileira de Cardiologia apresentou, durante o seu Congresso anual, os resultados da pesquisa “Projeto Corações do Brasil”. O estudo foi centrado no levantamento dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Segundo a pesquisa, os principais fatores de risco modificáveis para a saúde do coração do brasileiro são:
 
- Hipertensão Arterial: 28,5% dos brasileiros são hipertensos com  PA > 140x90mmHg;
- Glicose elevada: 9% dos brasileiros têm glicemia > 110mg/dL;
- Obesidade: 34,5% dos brasileiros têm sobrepeso e 22,5% são obesos;
- Tabagismo: 24,2% dos brasileiros fumam regularmente;
- Sedentarismo: 83,5% dos brasileiros não fazem qualquer tipo de exercício físico;
 
- Gorduras no sangue: 14% dos brasileiros têm triglicérides acima de 200mg/dL e 21% deles têm colesterol acima de 200mg/dL;
- Bebidas alcoólicas: 13% dos brasileiros fazem uso diário do álcool e 77% deles o consomem de 1 a 3 vezes por semana.
 
 
O aumento das doenças cardiovasculares em países em desenvolvimento resulta de três fatores principais: a queda da mortalidade por doenças infecciosas que aumenta a expectativa de vida; mudanças no estilo de vida associadas à urbanização nas nações em desenvolvimento e, em especial, à susceptibilidade genética de certas populações expostas anteriormente à situações de privação, com seleção de genes que favorecem o estoque de energia e obesidade. “Estamos vivendo mais, adoecendo menos por causas infecciosas e sobrevivendo incautamente, nos expondo de maneira ingênua à dietas aterogênicas e hipercalóricas associadas à inatividade física, ao tabagismo e ao estresse da vida moderna”, diz a nutróloga.
 
 
A alimentação e a prevenção de doenças cardiovasculares
 
Nas últimas décadas, a globalização da produção e a indústria alimentícia têm disponibilizado “uma grande quantidade de alimentos ricos em gordura, baratos, saborosos e de péssima qualidade nutricional. Além de não atender às necessidades nutricionais dos indivíduos, esses alimentos são, em sua grande maioria, pobres em fibras e micronutrientes, altamente calóricos e ricos em gordura saturada e gordura hidrogenada”, alerta a endocrinologista.
 
Para prevenir o aparecimento de doenças cardiovasculares, a diretora-clínica do CITEN fornece algumas orientações nutricionais:
- comer com menos sal para prevenir e  favorecer o controle da hipertensão arterial;
- atingir e manter um peso ideal, pois a obesidade é claramente um dos maiores fatores de risco para o coração;
- manter o diabetes sob controle, pois ele é seguramente o outro maior fator de risco para o coração;
- evitar alimentos ricos em colesterol e evitar as dietas hipercalóricas. Gorduras elevadas no sangue não costumam causar sintomas e podem passar desapercebidas. Uma dieta saudável é fundamental para normalizar os níveis de colesterol e triglicérides;
- acrescentar à dieta duas porções de peixes por semana, principalmente aqueles ricos em gordura benéfica, os famosos ômega-3;
- substituir o leite e seus derivados integrais por desnatados;
- trocar a manteiga e a margarina cremosa comum pelas versões menos calóricas e sem as gorduras hidrogenadas, requeijão light, queijo branco ou ricota;
- evitar o consumo de banha de porco, bacon, gordura de coco e azeite de dendê;
- retirar a pele do frango antes do cozimento;
- dar preferência aos óleos vegetais (soja, milho, canola e oliva);
-consumir alimentos com maior quantidade de fibras, como grãos e cereais integrais, verduras, legumes e frutas.
 
*A Organização Mundial da Saúde promove no dia 25 de setembro, a comemoração do Dia Mundial do Coração com o objetivo de conscientizar a população sobre as doenças que atingem o sistema cardiovascular e que são responsáveis por quase um terço das mortes no mundo por ano.

 
 
Ellen Simone Paiva
 
Médica especializada em endocrinologia e nutrologia. Mestre em Medicina na área de nutrição e diabetes pela USP. Titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, SBEM e da ABRAN, Associação Brasileira de Nutrologia. Diretora clínica do CITEN - Centro Integrado de Terapia Nutricional.
 
 
 
CITEN
 
O CITEN - Centro Integrado de Terapia Nutricional – é uma clínica voltada à terapia nutricional de doenças crônicas em nível ambulatorial. Está apto a atender adultos e crianças, pois conta com equipe multidisciplinar altamente qualificada composta por médicos, nutricionistas, psicólogos e psicanalistas, devidamente credenciados junto às sociedades e instituições de classe nacionais e internacionais. Os cuidados com o contínuo desenvolvimento tecnológico – sejam em termos de tratamentos médicos como de equipamentos e de recursos instrumentais e medicamentosos – também merecem destaque no CITEN.
 
SERVIÇO:
CITEN - Centro Integrado de Terapia Nutricional
Endereço: Rua Vergueiro, 2564.
Conjuntos 63 e 64
Vila Mariana
São Paulo-SP
CEP: 04102-000
Atendimento: De segunda a sexta.
Horário: 08h30min às 18h30min horas.
Telefone: (11) 5579 1561/5904 3273.
 

Crédito:Márcia Wirth

Autor:Ellen Simone Paiva

Fonte:Excelência em Comunicação