Rio de Janeiro, 18 de Maio de 2024

Ele é o astro do filme O Código da Vinci

Ele é o astro do filme O Código da Vinci
Tom Hanks é o astro do filme O Código da Vinci, que estréia na próxima sexta-feira, dia 19 de maio. Ele interpreta Robert Langdon, o simbologista que é chamado no meio da noite pela polícia para desvendar o assassinato de um curador no Louvre, em Paris, e se vê em meio a uma intriga envolvendo a vida de Cristo, seitas religiosas e obras de arte. “Foi um dos papéis mais instigantes de minha carreira”, diz o ator, fascinado pelo esquema de quebra-cabeça da história, com enigmas que são solucionados aos poucos.
 
Tão comum quanto os tipos que já levou às telas, Tom não se esforça para corresponder à imagem glamourosa projetada pela maioria dos atores de primeiro time. Nada no comportamento desse sujeito simpático, modesto e tímido sugere um salário de mais de 20 milhões de dólares. “Fazer filmes nunca me impedirá de levar uma vida normal”, disse o ator, em entrevista a ELLE, em Veneza.
 
Durante a conversa, Tom estava bem à vontade, vestia uma camisa branca, jeans e tênis. Para interpretar o novo personagem, Hanks deixou o cabelo crescer e recheou o guarda-roupa com ternos de tweed da Harris e blusas de gola rulê da Burberry para viver o professor de Harvard.  “Não importa quantos filmes fiz. Preciso sentir que estou começando do zero ao abraçar o papel”, conta.
 
Tom também afirmou que não fica intimidado com cobranças do público em relação a expectativa de repetir nas telas o sucesso do livro. “Eu tinha a responsabilidade de dar ao leitor o que esperava do personagem que conheceu no livro. Mas não na obrigação de rodar um sucesso atrás do outro. Se ficasse preocupado com isso, não teria o instinto necessário para interpretar. E é para isso que me pagam”, afirma.
 
Sem roupa no Louvre
 
Essa superprodução de US$ 125 milhões, escolhida para abrir o festival de Cannes deste ano, foi uma das poucas a conseguir autorização do ministério da Cultura francês para ser rodada no Louvre. E a filmagem proporcionou momentos inesquecíveis. Como quando Hanks procurou um lugar tranqüilo para trocar de roupa e, de repente, percebeu que estava diante da estátua de Apolo.
 
As locações em Paris incluíram uma seqüência a bordo de um Smart Car na rue de Rivoli de madrugada e cenas no Hotel Ritz e na place Vendôme.
 
“Não posso reclamar da minha profissão. Não fosse por ela, talvez nunca tivesse saído dos Estados Unidos", comenta Hanks, primeiro a conquistar duas estatuetas do Oscar consecutivamente desde Spencer Tracy, nos anos 1930. Foi premiado com Filadélfia e Forrest Gump. “Sou grato pelos prêmios, mas não significam que o processo de aprendizado acabou. Da Vinci só pintou a Monalisa, aos 51 anos. Eu nem cheguei lá”, diz brincando. 
 
Vida pessoal e carreira
 
Tom Hanks nasceu em Oakland, na Califórnia. Tem 49 anos. É simples e discreto, e embora seja alto e magro, não tem o perfil de galã. “Sou um tranqüilo pai de família”, conta ele.
O ator tem quatro filhos. Os dois primeiros: Colin 28 anos e Elisabeth, 23 anos, são do seu primeiro casamento, com Samantha Lewes, que morreu de câncer. E os outros: Chester, 15 anos e Truman, 10 anos, são do atual casamento com a produtora e atriz Rita Wilson.
 
Reservado, o ator não dá nenhum detalhe da sua vida pessoal. Só não se cansa de repetir que é um cara de sorte. “Venci por representar uma escolha segura. Os espectadores me vêem como um cara legal que consegue se passar por diferentes personagens. Ninguém dirá que sou bonito demais para esse papel ou sério demais para aquele. Isso é ou não é uma sorte para quem ganha a vida no cinema?”.
 
Hoje Hanks pode se dar ao luxo de fazer o que quer. Já se arriscou por trás das câmeras, escrevendo o roteiro The Wonders – O Sonho não acabou, e foi produtor e roteirista de duas aclamadas séries da HBO – Da Terra à Lua e Band of Brothres. Para atuar, escolhe cineastas de prestígio. Os seus próximos projetos incluem de Risck Pool, de Lawrence Kasdan, e Charlie Wilson´s War, de Mike Nichols.
 
 
 
 
 
Foto: Sony Pictures Publicity / Divulgação
 

Crédito:Renata Rosa

Autor:Cláudia Rubinstein

Fonte:CR Comunicação