Rio de Janeiro, 29 de Março de 2024

Tratamentos médicos no combate ao câncer ginecológico

Tratamentos médicos buscam se aperfeiçoar no combate ao câncer ginecológico
 
A arma mais importante para ganhar a batalha contra o câncer é a detecção precoce
 

A experiência mostra que os progressos da Medicina, aliados à força do diagnóstico precoce, conseguem aumentar as chances de cura dos tumores que atingem exclusivamente a mulher.

 

 

Pergunte a uma amiga ou parente se conhece alguém que teve câncer. Dificilmente a resposta será negativa. Mas, a Medicina continua ganhando terreno na luta contra a doença, que é a segunda causa de morte no planeta. Atualmente, quatro em cada dez pacientes de câncer ficam completamente curados. Dez anos antes, apenas duas pessoas venciam essa batalha. A arma mais importante para ganhar a batalha contra o câncer é a detecção precoce.

 

 

Entre as mulheres, os tumores de maior incidência são os de mama, pulmão, colo do útero, intestino e estômago, sem contar os casos de câncer de pele. Em geral, o número de novos casos não varia muito em cada país, mostrando que essa doença não faz discriminação social. A grande exceção é o tumor de colo do útero, que diminui nos países mais desenvolvidos, mas permanece sendo o tipo que mais mata nas regiões pobres do Brasil. Nas grandes cidades, o câncer de mama está entre as principais causas de mortalidade feminina. Mas esperar que as mulheres se previnam é um desafio.

 

A ginecologista e mastologista Dra. Nara Mattia explica que, "O câncer é uma doença do gene responsável pela reprodução das células, o oncogene. Quando ele se torna defeituoso, as células começam a se multiplicar de maneira descontrolada, formando tumores".

 

Se a doença progredir, as células escapam para outros lugares do corpo, originando as metástases. Os genes podem se alterar por fatores hereditários, por mutações na divisão celular, ligadas ao processo de envelhecimento, fatores químicos, pelo ataque de alguns vírus como o HPV (relacionado ao câncer de colo do útero), pela ação de radiações (como ultravioleta, proveniente do sol e associada ao câncer de pele) ou de agentes cancerígenos como o cigarro. Não existe comprovação de que os fatores emocionais estimulem os tumores.

 

Quando atinge os órgãos, como as mamas, útero ou ovários, o câncer mexe nas profundezas da alma feminina. A cirurgia da mama, realizada sempre que possível com técnicas que preservam ao máximo sua forma, pode abalar a auto-imagem e a noção de feminilidade. A histerectomia (retirada do útero) elimina a possibilidade de experimentar a gestação e pode provocar alterações da vida sexual (como o encurtamento de vagina e falta de orgasmo). A remoção das partes atingidas pelo câncer do colo do útero (conização) pode interferir na lubrificação e até modificar a viscosidade do muco vaginal.

 

 

Já a extração dos ovários significa tirar as glândulas produtoras dos principais hormônios femininos (o estrógeno e a progesterona), reguladores do ciclo fértil e da menstruação.

 

 

Os ovários também fabricam pequenas quantidades de testosterona, o hormônio masculino essencial ao impulso sexual. Sua falência ou retirada antecipa a menopausa.

 

A alternativa para regular novamente o organismo após essas cirurgias seria adotar a terapia hormonal (TH), avaliada caso a caso e com acompanhamento rígido.

 

"O fato é que a idéia de "Prevenção" precisa começar a ser introduzida desde cedo na vida da mulher, do mesmo modo que hoje ela é estimulada a pensar em questões que, décadas atrás, pertenciam ao universo masculino. Ainda que não haja sintomas, visitar o ginecologista todo ano é o mínimo que uma mulher pode fazer por sua saúde. Há de se considerar que, com o aumento da expectativa de vida da população, o mesmo universo  feminino que abraça o mundo, vive mais de um terço de sua existência depois da menopausa. Cuidar-se no presente, portanto, determina mais que a longevidade, mas em que condições a mulher chegará à terceira idade para desfrutar as conquistas, o respeito e, sobretudo, a independência por que sempre batalhou", finaliza a especialista.

 

Dra. Nara Mattia CRM 83.867, médica ginecologista, mastologista com destaque na área de prevenção de câncer de mama, com vasta experiência clinica e cirúrgica na ginecologia endócrina, valorizando a prevenção do câncer como fundamental na qualidade de vida e longevidade de seu pacientes.

 

Clínica Nara Mattia

Endereço: Rua Manoel de Atouguia, 16 - Tatuapé

Telefone: (11) 2659-5339

www.naramattia.com.br

 

Crédito:Cris Padilha

Autor:Grazia Nicosia

Fonte:Universo da Mulher