O Prêmio de Paz Milênio para Mulheres foi criado para homenagear o papel das mulheres em manter a união familiar durante guerras e estimular a reconciliação após os conflitos - um papel que, segundo os organizadores, tem sido grandemente ignorado pelo comitê do Prêmio Nobel da Paz.
Somente dez dos 100 premiados pelo Nobel da Paz são mulheres, informou o comunicado do fundo da ONU para o desenvolvimento das mulheres.
O fundo da ONU, conhecido como Unifem, e a organização de direitos humanos International Alert, de Londres, patrocinam o novo prêmio. A primeiras vencedoras incluem Flora Brovina, uma médica de etnia albanesa que foi a presa política mais proeminente de Kosovo. Ela foi detida pelo governo iugoslavo por ajudar os separatistas que buscavam a independência. Brovina foi libertada após Slobodan Milosevic sair do poder.
Veja as outras premiadas:
Asma Jahangir e Hina Jilani - duas irmãs paquistanesas que fundaram uma organização para ajudar mulheres a conseguir o divórcio de maridos violentos. Jahangir é agora investigadora da ONU para execuções arbitrárias.
Veneranda Nzambazamariya, de Ruanda - que liderou um painel de mais de 30 ONGs de mulheres criado após o genocídio de 1994. Ela morreu em um acidente de avião no ano passado.
Ruta Pacifica de las Mujeres - uma organização colombiana que destaca as iniciativas de paz femininas para políticos que negociam com os rebeldes em conflito no país.
Agência de Desenvolvimento das Mulheres Leitana Nehan - que teve um papel importante no processo de paz em Bougainville, Papua Nova Guiné, onde as lutas entre militares e rebeldes explodiu em 1989.
Crédito:Luiz Affonso
Autor:AP
Fonte:Cruzeiro do Sul