A entidade recorreu à Justiça, exigindo a interrupção da campanha - que usa as frases ""quem faz gato é rato"" e ""quem faz miau é lalau"" - em 72 horas. ""A propaganda serve para educar, não para rotular"", disse a presidente da Suipa, Izabel Cristina Nascimento.
O advogado da entidade, Zelson Pinheiro, adverte que o assunto é sério. ""O número de gatos torturados e atropelados aumentou em cerca de 200% desde que os anúncios começaram"". Citou que em março de 2001 cerca de 500 gatos foram atendidos na Suipa, enquanto este ano, no mesmo mês - auge da campanha - o número pulou para 1.876.
O superintendente de Marketing da Light, Paulo Renato Marques, disse que não houve má intenção. ""Não utilizamos a imagem do felino. Usamos o que é voz corrente e consta do dicionário Aurélio. Há muitos anos a Receita Federal usa a imagem do leão e nada aconteceu"", frisou Marques, lembrando que o rato também é citado nos esquetes e ninguém saiu em defesa dos roedores.
A campanha da Light contra o furto de energia começou a ser veiculada em janeiro e deve continuar até o fim do mês. A presidente da Suipa, porém, já tem um plano para ser posto em ação caso vença na Justiça: vai pedir retratação da companhia nos mesmos veículos de comunicação.
Crédito:Anna Beth
Autor:Redação
Fonte:Jornal do Brasil