O Maranhão e a praga dos Sarneys
Confesso que estas semanas em que não escrevi me deixaram com saudade dos leitores e vou rapidamente marcar a minha posição e me referir a alguns fatos bons que perdi como a cassação do Jackson Lago, o governador do Maranhão acusado de abuso de poder econômico para ganhar as eleições.
Não vou entrar no mérito da questão, nem sou louco de por a mão no fogo por um político maranhense.
Mas o lógico nesse caso seria convocar novas eleições impedindo o governador afastado de participar.
Empossar o segundo colocado me parece um absurdo, ainda mais quando se chama Roseana Sarney.
Faço Haraquiri com faca cega se a Roseana Sarney não abusou (e abusa) do poder econômico no Maranhão e se papai não fez o mesmo no Amapá (continuo querendo trocar pelo Uruguai).
Lembram da pilha de dinheiro?
Pois é, pelo jeito quem anda cheio dos políticos nordestinos é papai do céu.
O sertão está virando mar, pena que os castigados sejam sempre os pobres...
Vejam o legado de 50 anos de dominação políca dos Sarney no Maranhão.
José Sarney era um advogado pobre quando resolveu aderir à política, hoje é o homem mais rico do Maranhão, durante o reinado de seu clã, o estado tornou-se o mais atrasado do Brasil em matéria de justiça social, ultrapassando o Piauí.
O índice de mortalidade infantil do Maranhão encoista nas 40 crianças por mil nascidas vivas e empata em último lugar entre os estados brasileiros com outra joia nordestina: Alagoas.
A mortalidade infantil no Brasil é de 23 por mil nascidos vivos e mesmo essa já é considerada alta pela OMS, é a terceira pior da AL, ganhando apenas do Paraguai e da Bolívia.
Nada menos que 21,5% dos maranhenses são analfabetos (o dobro da média nacional), Só 12,5% das casas maranhenses tem água e esgoto (no Brasil a média é de 70%) e nada menos que 65% do estado é classificado como miserável, um recorde no país.
Crédito:Luiz Affonso
Autor:Fritz Utzeri
Fonte:Montbllat