Tanto os argumentos dos partidários do sim, quanto os do não, no debate relativo ao referendo sobre a proibição à venda de armas de foto e de munições, são bons, afirma Carlos Camargo, consultor do site www.fiquetranquilo.com.br (do Grupo Nordeste, líder em segurança privada no Brasil). Camargo observa que o próprio governo admite que a medida visa a desarmar a população para evitar mortes como as que ocorrem em brigas ou acidentes, e não a combater os bandidos, que devem ser enfrentados com a repressão policial e judicial.
Segundo Camargo, é bom lembrar, também, que o problema da segurança não se resume à questão do desarmamento. Para ser contornado, ele demanda melhorias nos órgãos policiais, judiciais e prisionais, e, sobretudo, fortes investimentos sociais. Mas, por outro lado, é uma medida que pode ter resultados concretos, por exemplo, na diminuição dos índices de homicídios.
Segundo Camargo, é bom lembrar, também, que o problema da segurança não se resume à questão do desarmamento. Para ser contornado, ele demanda melhorias nos órgãos policiais, judiciais e prisionais, e, sobretudo, fortes investimentos sociais. Mas, por outro lado, é uma medida que pode ter resultados concretos, por exemplo, na diminuição dos índices de homicídios.
Salienta que se trata de um dos assuntos mais polêmicos a que os brasileiros já foram convocados a opinar, com importantes reflexos sobre o futuro da sociedade, exigindo, por isso, séria reflexão sobre o tema.
A escolha é difícil, porque os argumentos de cada lado são justificáveis, avalia o especialista. Ele sugere que cada eleitor pare, pense e participe. Votar no referendo é uma oportunidade de exercer a cidadania e escolher junto aos poderes legislativo e executivo se o porte de arma deve ser proibido ou não no Brasil.
O voto é obrigatório para quem tem acima de 18 anos. Dos 16 ao 18 anos incompletos, e a partir dos 70 anos, é facultativo.
Unesco
Em um dos últimos mapas da Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura) sobre a violência no Brasil, constatou-se que 68% dos homicídios praticados no País foram cometidos com arma de fogo. Segundo a Secretaria de Segurança de São Paulo, a vítima armada tem 56% mais risco de morrer. Somente 13,8% delas conseguem evitar o latrocínio.
Camargo ressalta que o governo brasileiro é francamente a favor do desarmamento, que faz parte do Plano Nacional de Segurança Pública. Em 2 de setembro último, foi divulgada pesquisa, demonstrando que o número de mortes por arma de fogo diminuiu 8,2% desde o dia 15 de julho de 2004, quando foi iniciada a campanha do desarmamento.
Isso significou 3.234 mortes a menos. Nesse período, 443.719 armas foram recolhidas. Segundo o governo, a maior queda no número de mortes ocorreu exatamente nos Estados em que a maior quantidade de armas foi recolhida.
Grande parte da população, contudo, defende a idéia de que o desarmamento colocará a sociedade em risco, além de ferir a liberdade individual.
O quadro abaixo é uma síntese de argumentos pró e contra a restrição ao comércio e porte de armas:
CONTRÁRIOS À RESTRIÇÃO | FAVORÁVEIS À RESTRIÇÃO |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Crédito:Thompson
Autor:Thompson
Fonte: www.fiquetranquilo.com