Rio de Janeiro, 17 de Maio de 2024

O Partido dos Trabalhadores virou Partido dos Mentirosos

Flagrado com dólares da cueca; com as comprovações das denúncias do deputado Roberto Jefferson; com a inusitada sociedade "Telemar-filho do Lula"; com o valerioduto; com empréstimos não contabilizados em nome do presidente Lula; enfim, com a boca na  botija, os "espertos e iluminados" stalinistas de plantão no PT decidiram utilizar o processo de confusão e de mentiras com o objetivo de ludibriar a imprensa, a classe política e a opinião pública.
Se não, vejamos:
 
 
1) A tática básica do PT é simples: mentir.
 
Ao centrar a linha de defesa no caixa-dois e aproveitar os meandros do Direito ao escolher a melhor e mais branda forma de ser punido - pela legislação eleitoral - o PT, ou o PM, indica o reconhecimento de sua ampla culpa e a magnitude de suas práticas dolosas. Ao centrar as atenções na figura careca do Marcos Valério, o PT tenta sair de cena e se valer de quem já aceitou e continua aceitando fazer-se de vitrine ou vetor de práticas criminosas. Ao solicitar retornar ao Ministério Público e à CPMI para novo depoimento o "publicitário" Marcos Valério comprovou ser instrumento de dissimulação, não sem antes garantir o direito de não falar a verdade, no Superior Tribunal. Ao ser tão solícito em revelar novos nomes, agora de partidos que não o ex-PT, reforça a tese de que está apto a servir de instrumento no processo de dissimulação das denúncias e das graves faltas cometidas pelo governo federal e seus instrumentos de poder. É a tática da mentira sendo repetida várias vezes até sua consolidação como verdade.
 
 
 
2) A conseqüência direta é: confundir. 
 
Num processo intenso de revelações de suas práticas criminosas, nada como a geração de mentiras sucessivas que se sobrepõem, umas às outras, num amplo quadro de desgaste da credibilidade das instâncias de apuração, como as CPIs. De outro lado, desviar a atenção da prática corrupta utilizada pelo governo, no Congresso, do chamado Mensalão. Ou seja, trocar a corrupção ativa e passiva por consolidação contábil de despesas de campanhas eleitorais... Da mesma forma, confundir ao tentar fazer crer à opinião pública de que o PT será renovado, com um senador, ex-ministro, que fará uma "ampla e tranqüila discussão interna no partido...". Sabemos todos que o PT não será transformado. Será o mesmo e tenta dissimular suas práticas com a simples troca de seus protagonistas. Sacrificou-se Genoíno!!! Sacrificou-se? Zé Dirceu caiu!!!! Caiu? Gushiken não é mais o todo poderoso!!!!! Deixou o Palácio do Planalto? Delúbio não é mais o tesoureiro!!!!! Apenas retirou-se voluntariamente.
Alguém acredita???
 
 
 
3) A conseqüência indireta é: fazer a imprensa crer nos empréstimos bancários.
 
Uma grande piada. A CPMI, felizmente, já discute a veracidade das informações do Banco Rural, cuja credibilidade assemelha-se ao poder de fiscalização do Banco Central... ou seja, nenhuma.
 
 
4) Outro desdobramento: Fazer da CPMI um circo.
 
Ontem, o deputado Paulo Pimenta revelou-se a fina-flor e potencial presidente da nova agremiação, o PM, o Partido dos Mentirosos. Versões e novas versões sobre uma lista apócrifa que envolveria muitos outros nomes no escândalo - nenhum deles do PT. Lista essa que o deputado pegou do Valério em seu carro, nos subterrâneos no Congresso.
Isso é ou não é falta de decoro parlamentar?
 
 
O que se espera é que a Imprensa reflita mais e deixe de ser envolvida e seduzida pelas explicações inverídicas e dissimuladas do ex-PT.
 
 
Quanto ao logotipo da nova agremiação, ele terá, no seu centro, uma imagem vermelha. Mas não será uma estrela. Será uma língua, a língua dos mentirosos, num claro sinal de deboche com a opinião pública, com a sociedade.
 
 
 
 
 
Marco Iten é jornalista especializado em Marketing Político.


Crédito:Marco Iten

Autor:Marco Iten

Fonte:Universo da Mulher