Rio de Janeiro, 09 de Maio de 2024

As

Idosos têm relacionamentos independente da idade
Certamente você já ouviu que a vida começa aos 40 anos.
Mas será que ela pára aos 60?
 
 
A resposta para a doutora em genética e biologia molecular, Maria Cruz, é negativa.
 
A vida só para literalmente depois da morte. Hoje, existem bailes para terceira idade, e as pessoas com mais de 60 anos se revelam, namoram e fazem sexo, assim como os adolescentes”, conta.
 
E para quem ainda dúvida que o “amor não tem idade”, basta conhecer a senhora Ellen Souza, 65, que revela estar na melhor fase da vida.
 
“Não é só de festas que vivo, mesmo após a aposentadoria, trabalho e pratico exercícios físicos. Atualmente, namoro um rapaz de 40 anos, e já penso em casamento. Não sinto inveja de nenhuma garotinha de 15 anos”, explica.
 
Ellen conheceu o esposo pela internet, em um chat com faixa etária entre 60 a 65 anos, e que não esperava encontrar um “quarentão”, e que chegou por diversas vezes duvidar do amor do parceiro.
 
“A diferença de idade foi um fator a ser superado. No início estava insegura sobre o que ele realmente sentia por mim, e cheguei a pensar era apenas interesse. Mas, com o tempo, descobri que ele estava se envolvendo tanto quanto eu, e no dia 30 de setembro, completaremos três anos entre namoro e noivado. Ainda sonho em voltar a me casar na Igreja”, revela.
 
João Burian, 62, se declara no momento solteiro, e esbanja vitalidade, ao contar que já se relacionou no ano retrasado, por 07 meses, com uma jovem de 20 anos e que só terminou porque a moça descobriu que ele a traiu no baile.  “Fui casado por 20 anos e tenho oito filhos. Sempre gostei de “ficar” com meninas mais novas que eu, mas não dispenso as mais velhas”.
 
Ao ser questionado se utiliza da internet em busca de suas paqueras e se já falhou durante o ato sexual, João é categórico: “Não sou adepto a bate-papo, isso é para jovens tímidos, despreparados para receberem “sim ou não”.
 
Prefiro ir à “caça”. Sou lobo velho, e sei ganhar uma menina com meu bom papo, gentileza, para depois provar que “velhos” também fazem sexo (amor). Não nego fogo. E o que impressiona, nunca falhei, ou fiz uso do Viagra”.
 
Palavras de quem entende
 
O caso de João Burian não é o único, muito pelo contrário, em um relacionamento de terceira idade, o componente sexual está em alta, é o que garante o sexólogo Beraldi Destro.
 
Viagra à parte, o desejo mantém-se vivo em todo período das nossas vidas, após cinco, sete, nove décadas de vida, se isto for indispensável à pessoa. A sexualidade serve como um termômetro da forma de vida. Se alguém é aberto para a relação sexual, também será para outras feições da vida. O sexo na terceira idade pode ser pleno, se conseguirem encarar cada período da vida e o ato sexual com a mesma tranquilidade”.
 
O sexólogo explica que a ereção ocorre até o fim da vida, a única diferença para os adolescentes é que o aumento da idade existe uma necessidade maior de estímulos, para que ocorra a ereção.
 
Se, em um jovem a ereção ocorre imediatamente, numa pessoa de maior idade a ereção é um pouco mais demorada. Isto se deve ao fato do desgaste físico.
 
“O prazer sexual pode ser obtido e desfrutado em qualquer idade. Por exemplo, independente da fase a mulher é responsiva orgasticamente” completa João Burian.
 
“Carícias são agradáveis sempre. Carinho sempre é bom de dar e receber. A capacidade e a emoção do amor não perguntam a idade da pessoa atingida”.
 
 
Dia nacional do Idoso – 27/09
Dia Internacional do Idoso – 01/10
 
Qual forma de envelhecimento: Normal ou Errado?
 
O mundo está envelhecendo e nunca pudemos esperar viver tanto.
 
Esta realidade já faz parte do cotidiano brasileiro: vemos idosos em todos os segmentos da sociedade e em diversas ocupações.
 
O estereótipo do idoso aposentado em casa é apenas uma das faces do idoso brasileiro, que pode ser um idoso ativo, que ainda trabalha de forma voluntária ou contribui com o orçamento familiar; que corre no parque e joga tênis ou damas e leciona na universidade; ou pode ser um idoso acamado em um asilo, limitado por muitas doenças ou isolado socialmente.
 
Múltiplos perfis se associam para compor a imagem do nosso idoso.
 
As grandes diferenças que observamos entre idosos muitas vezes de mesma idade na verdade são características daquilo que vem ocorrendo com o envelhecimento do nosso povo: ao contrário da crença comum, idoso não é tudo igual; tornamo-nos cada vez mais distintos uns dos outros em relação ao nosso grau de saúde.
 
Por que isto ocorre?
 
Em primeiro lugar temos de entender que há duas formas de envelhecimento: o envelhecimento normal e o envelhecimento errado.
 
O envelhecimento normal acontece com todos nós. Deste nós não conseguimos fugir e quem disser o contrário, à luz da ciência atual, está enganado.
 
A boa notícia é que o envelhecimento normal não nos impedirá de fazer esporte, de cuidar do intelecto e de ser ativo; ou seja, não impõe graves limitações à vida.
 
Já o envelhecimento ruim ou patológico, esse pode trazer terríveis limitações.
 
Se olharmos novamente para aquele idoso acamado, para aquele que não consegue cuidar de si próprio, quase com certeza houve coisa errada com seu envelhecimento. Ele não envelheceu bem.
 
Então quando é que devemos nos preocupar com o envelhecimento?
 
As pesquisas mostram que alguns dos processos biológicos do envelhecimento humano já se iniciam desde o nascimento; alguns cientistas acreditam que eles se iniciam até mesmo antes de nascer.
 
E todos são unânimes em dizer que uma vida saudável desde a época da nossa gestação influencia em algum grau o tipo de idoso que vamos ser.
 
Sabemos que normalmente, por volta dos 30 anos de idade, atingimos o nosso auge: fisicamente, em termos de capacidades mentais e nos processos biológicos de que dependemos, como a capacidade respiratória ou da filtração dos rins.
 
A partir de então teremos uma lenta queda, que faz parte do processo normal do envelhecimento; ao mesmo tempo, estaremos muito sensíveis às ações do envelhecimento ruim, que se soma ao envelhecimento normal e pode fazer com que esta queda seja muito mais rápida.
 
O que nos faz idosos é, portanto, um processo contínuo e não uma mudança súbita a partir de uma certa idade.
 
Portanto, é a prevenção continuada e os hábitos saudáveis ao longo da vida que contribuem com o envelhecimento saudável.
 
É um processo ativo.
 
Envelhece com saúde quem se previne das doenças que podem aparecer ao longo da vida, como a hipertensão ou o diabetes, de preferência através do controle dos fatores de risco, como o fumo, o sedentarismo e o colesterol alto.
 
Vale dizer que atividade física e uma alimentação saudável são algumas das bases para o bom envelhecimento.
 
Exames médicos periódicos e o aconselhamento médico também podem garantir que estamos no caminho certo, mas é fundamental entender que antes de tudo, o envelhecimento saudável é uma escolha e um compromisso pessoal.
 
Um compromisso antes de tudo com a manutenção da saúde, prevenção das doenças evitáveis ou das complicações das doenças inevitáveis.
 
Enfim, o envelhecimento saudável é uma aplicação científica do velho ditado: prevenir é o melhor remédio.
 
Bem falavam as nossas avós!


 
 
 

 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Cláudio Almeida

Fonte:Universo da Mulher