Rio de Janeiro, 19 de Abril de 2024

Por que eles querem as casadas?

Por que eles querem as casadas?

Na verdade comer a mulher do próximo remonta eras distantes e sempre significou o símbolo do poder total e absoluto.

Na época feudal os senhores tinham o direito e o dever de serem os primeiros homens a se satisfazerem com as mulheres de seus vassalos.

Era hábito comum nos feudos entregar a jovem recém casada ao dono de todas as terras, da ordem e da justiça para que deflorasse, numa alusão clara de que o triunfo dos poderosos sobre os mais fracos era lei, portanto incontestável.

Não é de graça que até nossos dias o falo significa poder. Sinais disso estão nos brasões das famílias nobres ou dos reinados, onde quase sempre se vê um cetro com a ponta arredondada ou um machado, que numa leitura mais aguçada nada mais representa do que a força, poder e pênis.

Homens casados, com filhos que se dizem realizados na família e profissão, se sentem-se carentes de novas emoções quando o assunto é sexo.

Dizem que as mulheres casadas longe dos maridos, são muito mais fogosas.

Que procuram realizar com o "outro" aquilo que não fazem entre as quatro paredes do casamento.

E que também excita-o e muito num encontro com uma mulher comprometida é o fato do perigo de ser flagrado pelo marido.

Falam que têm orgasmos duplicados só com essa fantasia de ser pego com a mão e o bráulio na massa.

O curioso nisso é que eles não gostam de repetir a dose com a mesma parceira. Ou seja, conquistada e abatida a presa, nunca mais ela o terá novamente.

As transas são únicas e procuram deixar isso bem claro, já no primeiro encontro.

É uma forma de evitar envolvimento, pois detestam pegação no pé.

Envolvimento, aliás, é o maior medo destes conquistadores anônimos.

A grande maioria deles faz questão de ressaltar logo que envolvimentos emocionais e/ ou financeiros ficam descartados.

O que em outras palavras quer dizer que os homens não estão dispostos a ter uma amante fixa, não querem repetir nesse tipo de relação a que já tem em seus casamentos, muito menos que estão dispostos a custear uma segunda casa. Querem, isso, dar e receber prazer.

Se no caso de uma de suas conquistas a mulher ficar no seu pé, exigindo um novo encontro amoroso eles dão um jeito simples de se safar para dar um basta na situação.

O casa nova de plantão precisa ameaçar contar ao marido da conquistada que ela lhe persegue.

Mas afinal, não é a aventura pelo perigo o que buscam esses homens?

Não o perigo de abalar a estabilidade profissional ou matrimonial.

O que eles querem é adrenalina, pura e simplesmente, capaz de duplicar seu tesão na hora do sexo.

Fora isso, fogem de qualquer problema como um vampiro se esquiva da luz do sol.

O perigo de ser descoberto é sim um aditivo da excitação, mas só a fantasia de ser pego.

A concretização deste perigo não é excitante. Segundo os casa nova que só tem fetiche por mulheres casadas carregam em si uma perversão. E correm sérios riscos de sexualmente se frustarem.

Vejamos a explicação científica: os conquistadores nada mais estão fazendo do que refletir uma situação infantil, onde mais uma vez deseja a mulher casada e até pode vir a tê-la, mas por fim ela volta aos braços de outro homem (o marido), por que ela não é dele (o conquistador). É proibido mantê-la.

Outra forma de explicar o desejo por mulheres casadas, segundo Freud, se dá ao associar a mulher alheia a um desejo inconsciente e mal resolvido de homossexualidade.

O quê, de repente você pode ser um boiola enrustido?

Pois é...

Para o pai da psicanálise que escandalizou a sociedade da época com suas sábias teoria psicanalíticas, um pai ausente e uma mãe muito próxima e sedutora do filho pode dificultar a busca do menino na identificação de uma figura masculina. Em vez dele se identificar com o pai se identifica com a mãe e passa, pois, sua vida procurando uma figura masculina para se espelhar nela.

E como ocorre isso?

Simples.

Na falta de um modelo masculino bom na infância, cresce buscando através das mulheres se aproximar da figura paterna.

E nada melhor do que uma mulher casada para se relacionar. É novamente a mulher proibida. Só que desta vez o homem está presente, de forma sutil e inconsciente.

 

 

 

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Alexandra Blandy

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Crédito:Alexandra Blandy

Autor:Alexandra Blandy

Fonte:Universo da Mulher