O preservativo é a garantia de que a saúde continua depois do prazer. Afinal, além de método contraceptivo é a melhor maneira de se manter livre das doenças sexualmente transmissíveis.
Estudos recentes mostram uma forte ligação entre a infecção genital pelo papiloma vírus humano (HPV) e o câncer de colo uterino.
O HPV está presente em mais de 99% das células destes tumores.
Existem mais de 200 tipos de HPV, aproximadamente 15 deles são considerados de alto risco e estão relacionados com o câncer de colo uterino.
A transmissão do HPV genital ocorre através da relação sexual, ou através do contato direto com a pele contaminada. Por este motivo, o uso de preservativo na relação sexual diminui o risco desta transmissão, conseqüentemente, reduzindo também a incidência do câncer de colo uterino.
A infecção pelo HPV é muito comum, cerca de 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas.
Estudos epidemiológicos mostram que apenas uma pequena fração (entre 3% a 10%) das mulheres infectadas com um tipo de HPV de alto risco de câncer desenvolverá câncer de colo uterino.
Ainda assim, o câncer de colo uterino é uma doença de alta prevalência no Brasil.
No Brasil, o câncer de colo uterino é a quarta causa de morte por câncer em mulheres.
A sua incidência torna-se evidente na faixa etária de 20 a 29 anos e o risco aumenta rapidamente até atingir seu pico, geralmente, na faixa etária de 45 a 49 anos.
Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo uterino (HPV-16 e HPV-18).
Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo uterino só poderá ser observado após décadas.
Há duas vacinas comercializadas no Brasil, porem não disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Mais importante que a vacinação são os exames anuais de detecção precoce do câncer de colo uterino, Papanicolaou, e o tratamento precoce das lesões com alto risco de malignidade.
Estes métodos reduzem significativamente a mortalidade por câncer de colo uterino.
Apesar das várias campanhas educativas realizadas no Brasil pelo Inca, grande parte de nossa população ainda está fora do alcance deste exame e muitas vezes o diagnóstico é realizado apenas quando a mulher apresenta sintomas de doença avançada - tais como sangramento vaginal e dor - tornando assim o tratamento menos eficaz.
Crédito:Cris Padilha
Autor:Luiz Affonso
Fonte:Universo da Mulher