Não deixe que as estrias causem constrangimento
Algumas pessoas estão sempre tentando esconder partes do corpo, especialmente quando vão a locais públicos, como praias.
E não é o caso de serem contrárias ao exibicionismo. É porque muitas convivem com estrias.
De acordo com a dermatologista Maria de Lourdes Camacho Viscardi, praticamente todos têm um pouco dessas lesões.
“Ocorrem, principalmente, na puberdade, atingindo predominantemente o sexo feminino (60%) em comparação com o masculino (40%)”, afirma a especialista.
A médica aponta, ainda, que as estrias costumam aparecer em gestantes, pessoas obesas, que sofrem da síndrome de Cushing (produção em excesso de cortisol pelas glândulas supra-renais) e aquelas que fazem exercícios de musculação onde ocorre rapidamente aumento da musculatura.
O aumento de peso (inclusive o chamado efeito sanfona) e de massa muscular são responsáveis pela chamada hiperextensibilidade da pele, o que acaba levando à formação de estrias. Mas, essas não são as únicas causas.
“Os corticosteroides endógenos (hormônios) ou exógenos (medicamentos) parecem ter grande influência”, afirma Maria de Lourdes.
Conheça as diferenças entre os dois tipos de estrias
Visualmente, as estrias aparecem ora mais claras, ora com coloração mais escurecida ou avermelhada.
De acordo com a dermatologista Maria de Lourdes Camacho Viscardi, essas são características das chamadas estrias atróficas, que formam faixas de enrugamento e atrofia na pele.
“A princípio, são arroxeadas e, depois, ligeiramente despigmentadas (sem cor), mais claras que a pele. Essas são as estrias mais antigas”, explica a especialista.
Sobre a localização dessas estrias, a médica aponta:
“nos jovens, ocorrem principalmente nas costas e coxas. Na gravidez, são mais observadas nas partes laterais e anterior do abdômen, coxas e mamas. Nas doenças endócrinas acompanhadas de obesidade, surgem também no abdômen, nas nádegas, coxas e pregas axilares. Pelo exercício de musculação, geralmente aparecem nos braços, axilas e costas”.
Outro tipo de estria é o causado pela síndrome de Cushing. Essas, de acordo com Maria de Lourdes, são mais largas e mais amplamente distribuídas, podendo envolver várias regiões, inclusive o rosto.
Opções de tratamento para estrias
Estrias não têm cura, mas existem tratamentos que podem amenizar o problema.
E mais, “quanto mais nova a estria, melhor resposta ao tratamento”, afirma a dermatologista Maria de Lourdes Camacho Viscardi, que aponta algumas alternativas:
-Tratamento tópico, com cremes, tem excelente resultado, assim como peelings químicos. Ambos podem ser associados, aumentando a resposta e acelerando o resultado;
- Microdermoabrasão, um tipo de esfoliação da pele. Pode também ser associada ao peeling, acelerando a resposta e proporcionando ótimos resultados;
- Luz Intensa Pulsada (emissão de fachos de luz sobre a pele, mais fracos do que laser), também funciona bem.
É muito importante ter sempre o acompanhamento de um especialista para qualquer que seja o procedimento e a dermatologista lembra que a resposta à terapia varia para cada um.
Enquanto alguns conseguem resultados apenas com cremes, outros precisam juntar mais de um tratamento.
“Mas todos, se tiverem dedicação, com certeza ficarão satisfeitos com resultados”.
Crédito:Luiz Affonso
Autor:Maria de Lourdes Camacho Viscardi
Fonte:Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).