Rio de Janeiro, 28 de Abril de 2024

Masturbação feminina

O que não te contam sobre a masturbação feminina

A masturbação feminina, apesar de ter ganhado muitos espaços nas discussões entre as mulheres e aliados da pauta feminista, ainda é considerada um tabu. Isso porque as mulheres – pelo menos a maioria delas – ainda não se sentem confortáveis em tocar o próprio corpo e se auto descobrir.

Infelizmente, a sexualidade feminina ainda é socialmente rejeitada. E isso faz com que a mulher não busque o autoconhecimento. Mas ao contrário do que muitas pessoas pensam, a masturbação traz muitos benefícios para a mulher. E há constatações científicas sobre isso.

Masturbação feminina ajuda no alívio das cólicas

Durante a masturbação e, ao atingir o orgasmo, duas substâncias importantes são liberadas no corpo: dopamina e endorfina. A primeira ajuda a aliviar a tensão, inclusive muscular, responsável pelas contrações uterinas, e a segunda é conhecida como o hormônio do bem-estar, uma vez que provoca uma sensação de felicidade, alívio e alegria.

Um estudo recente, chamado de Menstrubation (palavra em inglês para “mentrubação”, que mistura menstruação e masturbação), aponta que 90% das participantes recomendariam a masturbação e o orgasmo como método para alívio da dor menstrual. A pesquisa entrevistou 500 mulheres em um período de três meses, e foram registrados níveis diferentes de dor. O resultado foi que, em uma escala de dor pós-masturbação em que o máximo de dor é 10, a média de dor caiu de 6,7 para 5,4.

Pode ajudar a evitar doenças

Os pesquisadores Anthony Santella e Chenoa Cooper, da Universidade de Sidney, descobriram que a prática regular de masturbação feminina pode diminuir as chances de uma mulher desenvolver diabetes tipo 2.

Isso acontece porque o hábito libera cortisol, hormônio que diminui o estresse e ajuda a combater a depressão, duas coisas que estão diretamente ligadas à doença. Além disso, a masturbação e o orgasmo proporcionam relaxamento e podem te ajudar a dormir.

A masturbação também diminui os riscos de desenvolver uma doença cardiovascular. Durante o ato, ocorre um aumento no fluxo sanguíneo, respiratório e cardíaco, o que leva o corpo a entender que acabou de se exercitar. Esse “exercício” tem os mesmos efeitos do de uma atividade física normal: melhora o sistema imunológico.

Para algumas culturas, a masturbação feminina ainda é uma prática pecaminosa

Em diversos lugares do mundo – inclusive no Brasil – a masturbação é vista como algo impuro, incorreto. Para algumas religiões, o sexo é um ato exclusivamente reprodutivo e o prazer não deve ser incentivado, sentido ou mesmo descoberto, por ser considerado ruim e errado. Essa desinformação leva a mais de 3 milhões de mutilações genitais em meninas no mundo todo, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os pesquisadores também perceberam que o ato ajuda a proteger as mulheres de infecções cervicais e urinárias. Isso porque durante a excitação o colo do útero é esticado, algo que permite uma circulação melhor de fluidos e eliminando bactérias mais facilmente.

A maioria das mulheres só chega no orgasmo por meio da masturbação

Em 2017, a Universidade de São Paulo (USP) fez um estudo que revelou que mais da metade das mulheres sentem dificuldade para chegar ao orgasmo e a maioria só atinge na masturbação mesmo. Isso acontece porque a maior concentração de terminações nervosas se encontra no clitóris, e não na vagina.

Portanto, a penetração pode ser prazerosa, mas nem de longe é o ato que gera mais prazer para a maioria das mulheres.Uma das formas de atingir o orgasmo é por meio de acessórios eróticos que pode ser a porta de entrada para o autoconhecimento.

 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Natália Cavalcante

Fonte:Universo da Mulher